O Real Brasileiro é a moeda oficial em circulação no Brasil. Após uma série de transformações monetárias, o real foi adotado em julho de 1994, coincidindo com uma drástica redução nas taxas de inflação, o que conferiu estabilidade à moeda no país.
A implementação do real ficou a cargo de Itamar Franco. Atualmente, o real é a 16ª moeda mais negociada globalmente e a segunda mais negociada na América Latina, além de ocupar a quarta posição nas Américas.
Recentemente, o governo federal brasileiro revelou planos de alterações para o real. Portanto, é importante entender as mudanças que estão por vir e a nova moeda que será introduzida no país.
Primeiros testes com o real digital
A notícia tem sido amplamente divulgada nos últimos dias, porém muitos não compreendem totalmente a natureza da nova moeda. A nova modalidade foi batizada de DREX, sendo que o “D” representa “digital”, o “R” significa “rastreável”, o “E” simboliza “eletrônico” e o “X” denota modernidade.
Esse projeto ainda está em fase experimental e não possui um cronograma oficial para lançamento. A previsão é que os brasileiros tenham acesso à nova moeda até o final do próximo ano, conforme destacado pelo coordenador da iniciativa de real digital do Banco Central.
O Banco Central tem debatido esse assunto há vários anos. Em 2020, a instituição formou um grupo de trabalho com o propósito de investigar a emissão de uma moeda digital para o Brasil. As diretrizes fundamentais do projeto foram anunciadas somente em maio de 2021.
Vale salientar que, na prática, a moeda digital do Banco Central funciona como uma nova representação do real, porém totalmente disponível online. Portanto, o Drex é essencialmente equivalente ao real, mas dentro de uma plataforma digital.
Além disso, é esperado que o Drex tenha funções semelhantes ao sistema de pagamentos instantâneos inaugurado em 2020 pelo Banco Central, o Pix. Contudo, algumas diferenças significativas existirão, como a capacidade de negociar títulos públicos.
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O Drex será emitido pelo Banco Central e terá função complementar à moeda física. Consequentemente, a sua disseminação será intermediada tanto por instituições bancárias como por entidades de pagamento.
A nova moeda manterá a possibilidade de conversão para o real em formato tradicional (em papel) e vice-versa. No entanto, o enfoque central estará nas transações financeiras.
Além disso, o valor do Drex em relação a outras moedas permanecerá constante e não será permitido que estabelecimentos financeiros concedam empréstimos usando essa moeda digital, ao contrário do que ocorre com o real físico.
Drex ou Pix: Comparações e Perspectivas
Afetuosamente apelidado de “primo do Pix”, o Drex é uma abreviação de “digital real x”, destacando sua natureza digital e conexão com a moeda nacional.
A previsão é que essa nova forma de dinheiro esteja acessível ao público até o término de 2024, permitindo que os brasileiros gerenciem suas carteiras virtuais por meio de bancos e parceiros do setor financeiro.
Ao contrário das criptomoedas, suscetíveis a flutuações com base em oferta e demanda, o valor do Drex permanecerá equiparado ao do papel-moeda, eliminando preocupações com oscilações de preço.
Adicionalmente, o Drex não acarretará rendimento automático, assemelhando-se à essência do dinheiro físico guardado. A decisão de lançar o Drex é guiada pelo compromisso com inovação financeira e inclusão.
O Banco Central almeja que essa moeda digital contribua para diminuir custos de operações bancárias e expandir a participação dos consumidores no mercado financeiro.
A transição para o Drex evidencia a disposição do Brasil em abraçar a transformação tecnológica e proporcionar um ambiente seguro para empreendedores explorarem novas ideias.
É relevante ressaltar que, embora o Drex opere em uma estrutura de blockchain, semelhante às criptomoedas, sua característica distintiva reside na garantia governamental. Isto significa que os consumidores poderão aproveitar os benefícios da tecnologia blockchain sem estar sujeitos às flutuações do mercado.