Todos nós sabemos que o PIX está em constante evolução. Atualmente, as transferências via PIX são cada vez mais comuns, o que anda preocupando as empresas de cartão de débito. Assim, elas estão procurando novas formas de competir com o PIX. Saiba mais.
Operações instantâneas do cartão de débito
Uma dessas novas iniciativas é a operação instantânea do cartão de débito. Mas como funciona? Bem, isso significa que o comerciante irá receber o valor enviado no mesmo momento em que a transação foi feita. Contudo, é importante lembrar que este tipo de operação só estará disponível a partir do próximo ano.
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Novas iniciativas ainda esse ano
Além da operação instantânea, a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) pretende botar em prática três novas iniciativas para competir com o PIX.
Em primeiro lugar, a primeira função será a “click to pay”, onde será possível fazer compras com cartão de débito online em um clique, sem precisar entrar no aplicativo do banco.
Já a segunda função será o débito sem senha, voltada para serviços de streaming (Netflix, Amazon Prime Video, etc.), e aplicativos de transporte (Uber, 99, etc.). Dessa maneira, essa seria uma forma de pagamento não presencial.
Por fim, a última iniciativa será o parcelamento de compras no cartão de débito, porém, com a presença de juros, a depender do cartão.
Novas medidas para competir com o PIX já estão sendo estudadas
Segundo Fernando Amaral, membro da Abecs e vice-presidente de Inovação e Soluções da Visa no Brasil, algumas dessas medidas já estão sendo estudadas há bastante tempo, mas o constante avanço do PIX acabou acelerando esse processo.
“O PIX mostrou em alguns pontos oportunidades que tínhamos, e que poderíamos atacar mais velozmente”, afirmou.
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Avanço e desenvolvimento do PIX
O uso do cartão de débito aumentou devido à pandemia de Covid-19. Assim, isso ocorreu devido ao pagamento do Auxílio Emergencial pelo Governo Federal.
Entretanto, a partir de 2021, o cartão de débito começou a perder seu lugar para as transferências PIX. E também, cartões de crédito e pré-pago avançaram nesta disputa.
Ademais, isso ocorre porque, embora o cartão de débito ainda seja mais fácil de usar para o cliente, ele não é tão vantajoso para o comerciante em comparação com o PIX.
Lembrando que o PIX cai imediatamente, e sem a presença de taxas para o lojista, o que é ainda mais benéfico.
Assim, conforme Boanerges Ramos Freire, consultor e presidente da Boanerges & Cia, não se pode negar que o fator mais importante é a nova concorrência, o PIX.
“É inegável que o débito enfrenta um desafio, e o setor está certo em reposicioná-lo”, comentou ele.
Ademais, Eduardo Rosman, analista do setor financeiro do BTG Pactual, também comentou sobre o avanço do cartão pré-pago em relação ao débito: “Os próprios emissores preferiam emitir cartão pré-pago, porque havia uma taxa de intercâmbio mais alta”, afirmou.
Contudo, é válido ressaltar que essa declaração foi feita em relação à taxa que as máquinas de cartão pagam ao emissor do cartão em cada compra. Aliás, a partir de abril, o pré-pago terá um limite de 0,7%, ainda maior que o do débito, que é de 0,5%.
Por fim, ele também destacou que o PIX possui uma estrutura que concorre com os cartões. Porém, é evidente que os cartões ainda possuem as suas vantagens.
Portanto, conclui-se que é válida esta preocupação das empresas de cartões de débito em tentar achar alternativas úteis para não perder para o PIX. “A indústria está reagindo, pois, os cartões de débito estão perdendo o lugar para o PIX e o pré-pago”, comentou Eduardo Rosman.
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