O cálculo da nota do Enem não sofre alterações e frustra quem esperava pela mudança. Esse formato de cálculo gera dúvida entre os estudantes que percebem que candidatos com acertos semelhantes obtêm pontuações diferentes.
Assim também não houve nenhuma outra mudança significativa em relação aos anos anteriores, sendo que o único ponto que mudou foi a extinção da prova digital.
Dessa forma, o Exame Nacional do Ensino Médio do ano de 2023 terá somente a versão impressa. Assim, dois fatos motivaram essa decisão: a baixa procura em contrapartida ao alto custo.
De maneira idêntica às outras versões, o exame terá sua aplicação em dois dias (5 e 12 de novembro), a prova contará com 180 questões de múltipla escolha e uma redação.
Quer saber mais sobre o cálculo da nota do Enem? Continue a leitura até o final!
A evolução do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
A criação do Enem se deu no governo de FHC no ano de 1998, nesse período o ministro da Educação era Paulo Renato de Souza.
A princípio o exame nacional visava apenas avaliar a proficiência dos alunos ao final do ensino médio para possibilitar a implementação de políticas de melhorias.
Posteriormente, já no ano de 2004 com a criação do ProUni pelo então governo Lula, ele passou a servir como critério para entrar em universidades privadas.
Por fim, em 2010, com o desenvolvimento do SISU ele passou a ter efeito de vestibular permitindo o ingresso em universidades públicas.
Vale lembrar que a nota do Enem também é critério para o financiamento estudantil, o FIES.
Como é feito o cálculo da nota do Enem
De acordo com explicações de Alexandre Jaloto, servidor do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), a correção das questões objetivas do Enem é através do método TRI (Teoria de Resposta ao Item) que utiliza um conjunto de modelos matemáticos, que trabalha relacionando:
Probabilidade de acerto/conhecimento do estudante na área/características do exercício.
Em outras palavras, essa teoria acredita que não existe a chance do estudante acertar um exercício mais complexo se não conseguir acertar um exercício de menor complexidade.
Desse modo, o instituto elabora as questões utilizando uma espécie de régua onde as questões que exigem menos competência ficam na base e as que exigem mais ficam no topo.
Logo, as questões do Enem apresentam uma organização que comporta exercícios menos complexos (questão de base) e exercícios mais complexos (questão de topo)
Assim, se um candidato apresenta muitos acertos nas questões com exercícios mais difíceis (topo). Em contrapartida apresenta poucos acertos nas questões com exercícios fáceis (base), o sistema interpreta como ‘chute’ e a nota fica mais baixa.
Em síntese, como o sistema espera que o candidato que é capaz de acertar uma questão de topo seja igualmente capaz de acertar a de base, isso acaba influenciando na sua nota do Enem.
Como evitar perder nota do Enem mesmo acertando as questões de topo
Definitivamente a melhor dica é estudar assuntos com cobrança em questões de base tanto quanto assuntos que figuram nas questões de topo.
Pois muitas vezes o estudante tende a priorizar os temas mais difíceis em detrimento dos mais fáceis.
Agora que você sabe como funciona o cálculo da nota do Enem, tome cuidado para não negligenciar as questões de base. Volte para mais informações.