A Academia Sueca divulgou nesta quarta-feira (7) as vencedoras do Prêmio Nobel de Química. Essa é a primeira vez que duas mulheres vão dividir o prêmio neste prêmio específico. É a apenas a quinta vez que o prêmio vai para mulheres.
Emmanuelle Charpentier e Jennifer A. Doudna são as duas mulheres que escreveram os seus nomes na história. Elas criaram a plataforma Crispr. É uma espécie de método que ajuda muito na edição do genoma.
Essa descoberta pode contribuir para o estudo de doenças genéticas. Simplificando toda a questão, pode ser um avanço na luta contra doenças hematológicas, como o câncer, por exemplo. A comunidade científica internacional já vinha elogiando a descoberta.
Emmanuele tem 51 anos de idade e é natural da França. Já Jennifer tem 56 anos e é natural dos Estados Unidos. Em entrevistas, elas afirmaram que o prêmio é importante inclusive para a criação de um sentimento de que mulheres podem fazer parte da comunidade científica.
Elas irão portanto dividir o prêmio de 10 milhões de coroas suecas. Na cotação atual, isso daria algo em torno de 6,3 milhões de reais. Seja como for, sabe-se que o dinheiro é o que menos importa nessa questão. É que ganhar um Prêmio Nobel abre caminhos na carreira.
Nobel de Química
O Nobel de Química foi para mulheres em apenas cinco ocasiões. Isso contando com esta desta quarta-feira (7). A primeira mulher a receber o prêmio foi Marie Curie. Isso lá ainda em 1911. De lá pra cá, outras três mulheres venceram.
A última, aliás, foi ainda em 2018. Foi Frances H. Arnold. Ao todo, portanto, apenas 5% dos Prêmios foram para mulheres. Ou seja, todos os outros prêmios foram para homens. A Academia está tentando mudar essa realidade aos poucos.