De janeiro até 21 de setembro deste ano, o Pará teve 5.248 casos confirmados de sarampo, incluindo cinco óbitos. Esses números correspondem a 65% do total de casos confirmados no Brasil.
De acordo com os resultados do Boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), há uma incidência de 59,0 casos por 100 mil habitantes. Os dados também apontam que 69% dos casos confirmados no estado foram registrados em pessoas não vacinadas com a tríplice viral, e 13% referiram pelo menos uma dose da vacina.
No ranking, os municípios com maior número de casos de sarampo são Belém (1.475), Ananindeua (961), Breves (269), Marituba (255) e Abaetetuba (217).
“O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, transmissível e extremamente contagiosa. A transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas, e tem início até seis dias antes do surgimento do exantema (mancha vermelha na pele)”, informou a Secretaria.
Para combater essa situação, a Sespa continuará promovendo campanhas para mobilizar a população que não foi vacinada contra o Sarampo, entre os dias 05 e 30 de outubro.
Ainda, haverá mobilização para as campanhas de atualização do calendário vacinal da criança menor de 1 ano; de atualização da vacinação do adolescente, como a de prevenção ao HPV, e de vacinação indiscriminada de 20 a 49 anos para conter o sarampo. Soma-se a estas a campanha de vacinação contra poliomielite, indicada para crianças entre 12 meses e 5 anos de idade.
Combate ao sarampo no Pará
Na última quarta-feira (23), a Sespa concluiu a força-tarefa de vacinação contra o sarampo em 16 dos 17 municípios prioritários. Trata-se das regiões que concentram a maioria dos casos confirmados da doença no Pará.
Essa ação, iniciada em 24 de agosto, contou com o apoio do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O objetivo foi interromper a circulação do vírus no Estado.
“A Divisão de Vigilância Epidemiológica alerta que os profissionais de saúde devem notificar os casos suspeitos de sarampo em até 24 horas após o atendimento, investigar a busca de contatos em 48 horas e fazer o bloqueio vacinal seletivo em, no máximo, 72 horas após a notificação, para a interrupção da circulação do vírus e do surgimento de outros casos”, informou a Secretaria.
Com informações da Sespa