Janja da Silva, primeira-dama da República, discursou nesta quarta-feira (08), data em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, e afirmou que tem sido alvo de mentiras e também de ataques contra a sua honra. Na ocasião, a esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também criticou o que chamou de “sub-representação” feminina no Congresso Nacional.
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Esse discurso aconteceu durante a sessão especial do Senado, que teve como objetivo prestar uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Segundo Janja, as mulheres sabem “as dificuldades do dia a dia da política”.
“Tenho sido o principal alvo de mentiras, ataques à honra e ameaças nas redes sociais. Até mais que o presidente. Sei que muitas de vocês também passam por isso. A mesma terrível experiência de ver seu nome, seu corpo e sua vida expostos de maneira mentirosa”, afirmou ela.
Durante a sessão, Janja e outras mulheres como Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), receberam o Diploma Bertha Lutz, que é um prêmio oferecido pelo Senado para aquelas pessoas que contribuíram de forma relevante para a defesa dos direitos da mulher e a questões do gênero no país.
Quem também foi premiada foi a jornalista da “TV Globo” Glória Maria, que assim como publicou o Brasil123, morreu em fevereiro deste ano. A homenagem póstuma à comunicadora será entregue a sua família. Ilana Trombka, diretora-geral do Senado e Ilona Szabó de Carvalho, cientista política, também receberam prêmios.
Janja critica a “sub-representação” no Congresso
Durante seu discurso, Janja também criticou a “sub-representação” das mulheres no Congresso Nacional. Na ocasião, ela lembrou que, apesar de ser mais da metade da população brasileira, as mulheres representam menos de 20% do Legislativo federal no país – 17,3% na Câmara dos Deputados e 18% do Senado.
“Um século depois de Bertha Lutz ter organizado a luta pelo direito ao voto, seguimos tendo que repetir que precisamos estar representadas nos espaços de decisão. […] Temos que comemorar o avanço da representatividade das mulheres no Congresso, mas ainda estamos abaixo da média mundial, que é de 26% dos assentos nos parlamentos”, disse Janja.
Além da esposa de Lula, quem também criticou essa baixa representação foi Rosa Weber. Na ocasião, a presidente do STF pediu igualdade na representação feminina no Congresso em comparação com a participação dos homens nas casas – Senado e Câmara dos Deputados.
“A igualdade continua a se fazer necessária, considerada a sub-representação feminina neste parlamento a partir da perspectiva masculina a respeito da mulher. Igualdade formal na lei, não igualdade substancial. Igualdade efetiva”, afirmou Rosa Weber na sessão.
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