Pessoas que fazem parte das equipes de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) estão preocupadas com um tema nas eleições deste ano: a abstenção, que bateu recorde no primeiro turno, realizado no dia 02 de outubro, e pode ter os mesmo números no próximo dia 30 de outubro, data em que está marcada a realização da segunda etapa do pleito.
Ipec mostra que 46% dos eleitores não votariam em Bolsonaro e 41% em Lula
Conforme números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no primeiro turno, o nível de abstenção foi de 20,9%, o que significa que 32 milhões de eleitores estavam aptos a votar, mas não compareceram às urnas. Este percentual é o maior desde 1998 – na época, o percentual chegou a 20,3%.
De acordo com informações do canal “Globo News” divulgadas nesta terça-feira (18), a equipe que cuida da campanha de Lula firmou o entendimento de que é preciso incentivar os eleitores a comparecer às urnas. Isso porque, segundo integrantes da cúpula que tenta eleger o petista, constatou-se que a faixa de renda mais observada na abstenção do primeiro turno integra a base de votos do petista.
Por conta disso, a campanha de Lula decidiu, por exemplo, pedir à Justiça que o transporte público seja gratuito no dia do segundo turno. Nesta terça, Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que prefeituras e empresas concessionárias podem oferecer, gratuitamente e de forma voluntária, serviços de transporte público durante o segundo turno das eleições.
Já a equipe de Bolsonaro está preocupada com dois aspectos: a tradicional abstenção maior do segundo turno e o feriado de 2 de novembro, três dias após a segunda etapa do pleito. Segundo a “Globo News”, o comitê de campanha do atual chefe do Executivo avalia que parte do eleitorado do presidente irá viajar e, com isso, poderá aumentar a abstenção. Além disso, também existe a avaliação de que, entre esse grupo, existam pessoas que não estão totalmente convencidas a votar em Bolsonaro e, portanto, podem abrir mão de votar.
Leia também: Pesquisa Ipec aponta vantagem de Lula no 2º turno