Tem circulado pelas redes sociais nos últimos dias, um tuíte atribuído ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL). Na publicação, o parlamentar teria supostamente afirmado que não consome leite desnatado, mas somente “leite de macho”.
De acordo com o verificador de notícias do portal “UOL” chamado “Lupa”, na realidade, o deputado, o mais votado do Brasil nas eleições do ano passado, não fez a publicação atribuída a ele.
“Não me levem a mal, não sou preconceituoso, mas leite desnatado é coisa de vi4do. Eu só tomo leite de macho!”, teria dito Nikolas Ferreira, mas, como explicado, na realidade, a publicação não passa de uma montagem. Isso porque, em seu perfil do Twitter, conforme o portal “Lupa”, não existem indícios que a postagem foi feita na conta do deputado.
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“Não há evidências de que a mensagem foi publicada pelo deputado Nikolas Ferreira. Ao realizar uma busca no perfil oficial do parlamentar no Twitter, não é possível localizar qualquer postagem com a frase destacada na imagem”, diz a verificação, que ainda ressalta que a imagem utilizada na fake news é, na realidade, de uma publicação de 2020, que conta com outra legenda. Além de não estar no Twitter, não existem informações sobre a suposta publicação em mecanismos de busca como o Google.
Como citado, a foto usada na propagação da fake news, foi publicada em 2020 no Twitter, mas sem nenhuma referência ao “leite de macho”, mas sim a uma polêmica envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Acredite se quiser: Bolsonaro tomou um copo de leite na live e disseram que era pra saudar supremacistas brancos. Mas na verdade era só um ‘Desafio do leite’ pra fomentar o consumo de leite e derivados”, disse ele na ocasião.
Essa publicação de Nikolas Ferreira tinha como foco comentar o episódio no qual, em uma de suas lives, Bolsonaro tomou um copo de leite puro ao lado de Pedro Guimarães, então presidente da Caixa Econômica Federal, do então secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Júnior.
Na ocasião, o ato chamou atenção nas redes sociais porque o copo de leite é um dos símbolos do supremacismo branco por parte de grupos de extrema-direita nos Estados Unidos – à época, Bolsonaro disse que estava cumprindo o “desafio do leite”, proposto pela Associação Brasileira de Produtores de Leite (Abraleite), e que a ação teria sido uma demonstração de apreço ao produto.
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