Deputado federal mais votado do país, Nikolas Ferreira (PL), apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), protagonizou uma polêmica no Twitter nesta sexta-feira (28), depois de ter publicado um direito de resposta concedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por conta de afirmações falsas que ele havia publicado.
Após ter postado o trecho da decisão sobre o direito de resposta, o deputado publicou, em sequência, cem imagens de Alexandre de Moraes, presidente do TSE, usando uma orelha do personagem infantil Mickey.
Alexandre de Moraes vem sendo alvo de apoiadores de Bolsonaro, que não concordam com as decisões do presidente da Corte, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e está à frente de investigações que contam com Bolsonaro entre os investigados, como os inquéritos das fake news e o das milícias digitais.
Em entrevista ao portal “G1”, Nikolas Ferreira criticou a decisão do TSE dizendo que o tribunal, devido aos recentes posicionalmente, está “descredibilizado”. “A maioria nem levou em consideração isso porque sabe que o TSE está completamente descredibilizado”, disse o deputado, que afirmou que as fotos de Alexandre de Moraes foram postadas para “mostrar” sua “liberdade de expressão”.
Direito de resposta a Lula
Nikolas Ferreira precisou publicar o direito de resposta por conta de uma decisão do TSE tomada na última terça-feira (25). Isso, por conta de um vídeo publicado pelo deputado onde a legenda era “Faz o L”. Na gravação, de acordo com a denúncia, o parlamentar afirmou “falsamente” que Lula “tornará os filhos dos brasileiros drogados”.
Além disso, a denúncia diz que o deputado mentiu ao dizer que Lula “promoverá a morte e violência, como se o candidato fosse adotar políticas para tal acontecimento, instaurará censura nas redes sociais, saqueará verbas públicas para patrocinar genocídio, tornará o salário insuficiente para alimentação familiar”.
O parlamentar ainda disse que, caso sela eleito, Lula “fechará igrejas, perseguirá cristãos e proibirá cultos religiosos, cerceando a liberdade religiosa, limitará a liberdade de expressão prendendo pessoas que protestam nas ruas e, por fim, favorecerá uma banalização do aborto em que mulheres abortarão ‘diariamente'”.
Tudo isso, de acordo com a denúncia, é mentira e atingiu a honra do petista. Essa decisão, apesar de ter sido tomada na terça, havia chegado ao TSE na segunda semana de outubro. Na ocasião, Nikolas Ferreira disse que a defesa do petista havia pedido para que o vídeo fosse retirado por “ferir a honra de Lula”. Por conta disso, o deputado chegou a questionar se “ladrão por acaso tem honra”.
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