O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou, nesta segunda-feira (20), um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) e prorrogou o prazo para que o italiano Nicola Assisi, de 63 anos, permaneça no Sistema Penitenciário Federal. Nicola Assisi está preso após ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), que constatou que ele tem ligações com o narcotráfico.
Nesta segunda, a corte reconheceu que os motivos que determinaram a transferência do extraditando para o Sistema Penitenciário Federal ainda continuam e, por isso, “há de ser determinada a prorrogação de sua permanência”.
A decisão não foi bem vista por Eugênio Malavasi, advogado do italiano. De acordo com ele, o acusado não responde por crimes violentos e, por isso, “deveria permanecer em uma das penitenciárias do estado de São Paulo, e não no sistema penitenciário federal”.
Prisão do italiano
Nicola Assisi foi preso em julho de 2019, junto de seu filho, Patrick Assisi. A dupla estava escondida em Praia Grande, no litoral de São Paulo. De acordo com a PF, pai e filho, que são cidadãos italianos, integram um braço na América do Sul do grupo conhecido como Ndrangheta.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, esse grupo mafioso é de origem da região da Calábria, no Sul da Itália. Ao todo, o grupo controla, atualmente, cerca de 40% dos envios globais de cocaína.
Pai e filho foral localizados no apartamento de luxo em que moravam. No local, além de drogas, os agentes encontraram um fundo falso em uma parede, que poderia também ser utilizado como rota de fuga.
De acordo com as investigações, Nicola Assisi estava prestes a se aposentar do crime com o filho. O plano deles era passar a aproveitar a vida em algum lugar no Brasil, onde ambos estavam sendo procurados desde 2014.
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