Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente da República, participou nesta terça-feira (12) de um ato organizado em Brasília, no Distrito Federal. Na ocasião, ele pediu para que militantes e apoiadores não aceitem provocação no período que antecede as eleições. “Nós não precisamos brigar”, afirmou o ex-chefe do Executivo.
O pedido de Lula foi feito após ele comentar sobre a morte de Marcelo Arruda. Assim como publicou o Brasil123, a vítima, que era guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, no Paraná, foi morta por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto comemorava sua festa de aniversário com o tema PT e Lula.
“Não quero ninguém aceitando provocação. São três meses em que vamos nos multiplicar na rua. Vamos nos multiplicar fazendo passeatas. Vamos ter que dar uma lição de moral, que nem o Gandhi deu”, começou o ex-presidente. “Nós não precisamos brigar. A nossa arma é a nossa tranquilidade, o amor que temos dentro de nós, a sede que temos de melhorar a vida do povo brasileiro. Não temos que aceitar provocação. Se alguém provocar vocês, mandem morder o próprio rabo”, afirmou Lula.
Pedido do PT à PGR
Nesta terça, o PT e também outros partidos políticos, enviaram um documento ao procurador-geral da República, Augusto Aras. As legendas querem que a morte de Marcelo Arruda passe a ser investigada em âmbito federal. Segundo o procurador-geral, a possibilidade será avaliada somente depois da conclusão do inquérito no Paraná.
Críticas a Bolsonaro
No evento realizado em Brasília, Lula também criticou Bolsonaro, dizendo que o presidente “não respeita ninguém”, pois “não tem massa encefálica boa na sua cabeça”. “É uma pessoa com comportamento desumano, do mal, que não pensa no bem de ninguém a não ser o de si próprio”, afirmou ele.
Hoje, levando em conta a última pesquisa do Datafolha, publicada no começo deste mês, Lula aparece com 47% das intenções de voto, 19 pontos percentuais à frente de Bolsonaro, que tem 28%.
Leia também: PT orienta que apoiadores usem camisas neutras quando estiverem sozinho