A Intelis, União dos profissionais de Inteligência de Estado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), publicou nesta quarta-feira (20) uma nota para reafirmar a confiabilidade da entidade nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral brasileiro como um todo.
Na nota, que foi assinada pelos servidores da entidade, consta que a Intelis tem “confiança na lisura do processo”. “A Intelis destaca que não há qualquer registro de fraude nas urnas eletrônicas desde a implantação do atual sistema, vinte e seis anos atrás”, diz o texto.
Em outra parte do documento, a entidade relata que seus profissionais prestam apoio técnico à Justiça Eleitoral “ao longo de toda a história da utilização da urna eletrônica”. O foco disso, informou a união, é a “autenticidade, confidencialidade e inviolabilidade dos programas e dados das urnas utilizadas no país”.
O texto foi publicado dois dias depois que Jair Bolsonaro (PL), presidente da República, afirmou, sem apresentar nenhuma prova, que ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) querem eleger políticos da esquerda e, por isso, estão impedindo a adoção de medidas que visam a transparência do sistema de votação.
As falas de Bolsonaro foram feitas para diplomatas estrangeiros convidados pelo chefe do Executivo para um encontro no Palácio da Alvorada. Algumas embaixadas publicaram notas criticando a postura do chefe do Executivo.
Uma dessas foi a dos Estados Unidos que, assim como publicou o Brasil123, afirmou ter confiança no sistema eleitoral brasileiro, classificado pelo governo americano como um “modelo” não somente para a América Latina, como também para o mundo.
Desde 1996, quando as urnas foram implementadas, nunca houve a comprovação de qualquer fraude nas eleições. Essa segurança tem sido atestada não somente pelo TSE, como por outras entidades como a Polícia Federal (PF) e o Tribunal de Contas da União (TCU), que recentemente divulgou um relatório técnico reforçando que as urnas são seguras e auditáveis.
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