Os brasileiros precisam ficar atentos aos juros presentes nas operações de crédito do país. Isso porque diversas linhas de crédito possuem juros tão elevados que a contratação do empréstimo é mais negativa que benéfica para o consumidor.
De acordo com especialistas, a linha de crédito que precisa ser evitada pelos brasileiros, pois é a mais cara do mercado, é a do cartão de crédito rotativo. A saber, os juros desta linha chegaram a 398,4% ao ano em agosto deste ano, segundo o Banco Central (BC).
Em resumo, esse nível é o mais elevado para a modalidade desde agosto de 2017 (428% ao ano). Aliás, as concessões de empréstimo pelo cartão de crédito rotativo bateram recorde no ano passado, totalizando R$ 224,7 bilhões, apesar dos juros muito elevados.
A alta busca pelo crédito rotativo pode até parecer controversa, uma vez que essa é a linha de crédito mais cara do mercado. Contudo, há um benefício que sempre atrai os consumidores: o crédito pode ser contratado por pessoas que não têm condições de pagar o valor total da fatura na data do vencimento.
Embora a contratação do empréstimo possa parecer positiva, pois permite ao consumidor pagar a fatura em dia, isso não é verdade. Em síntese, o recomendado é pagar a fatura total até a data de vencimento. Contudo, não sendo possível, os consumidores devem recorrer à alternativas com juros menos elevados.
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Inflação sobe e renda do brasileiro cai
Vale destacar que a inflação elevada no país está fazendo muita gente recorrer a empréstimos para pagar as contas. Nos dois últimos meses, a taxa inflacionária até vem caindo, mas ainda pesa de maneira expressiva na renda da população.
Por falar nisso, o rendimento dos trabalhadores do país também caiu no primeiro semestre deste ano. Isso ajudou a impulsionar a busca por crédito. Contudo, os últimos dados vêm mostrando uma recuperação, que pode refletir na redução da busca por empréstimos no país.
Além disso, a taxa de juro da economia brasileira está no maior nível desde novembro de 2016, ou seja, há quase seis anos. Isso também eleva os juros do cartão de crédito, bem como de outros setores, como o imobiliário e o bancário.
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