Diante do anúncio realizado sobre o Auxílio Brasil, em entrevista concedida à CNN nesta quarta-feira (20), Marcelo Aro, relator da Medida Provisória (MP) do novo programa, declarou que é contra auxílios temporários.
“Defendo que isso seja um auxílio permanente, para que seja uma mudança de estado”, afirmou o parlamentar.
Teto de gastos
O posicionamento de Marcelo Aro se deu depois que o presidente da República, Jair Bolsonaro, garantiu que o substituto do Bolsa Família não vai furar o teto de gastos.
No entanto, de acordo com o ministro da Cidadania, João Roma, há o esforço do governo no que diz respeito a um benefício transitório, sobre o qual ele não entrou em detalhes, e não mencionou a fonte dos recursos.
“Acho que vai ter algum recuo nas próximas horas ou dias e ele [Bolsonaro] vai voltar a falar que vai ser no extra-teto, o que eu não concordo, porque acho que uma política pública como essa tem que ser decisão do governo de priorizar em que investir”, disse Aro.
“Tenho um medo muito grande desse auxílio temporário iludir a população mais carente do nosso país”, completou.
Com essa possibilidade do financiamento do Auxílio Brasil acontecer fora do teto de gastos, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE) reforçou a importância do teto para a consolidação fiscal das contas públicas.
Anúncio do Auxílio Brasil
O ministro da Cidadania, João Roma, confirmou na tarde desta quarta-feira (20) que o Auxílio Brasil começa a ser pago no mês de novembro e terá valor mínimo de R$ 400.
“Não estamos aventando que o pagamento se dará sobre crédito extraordinário”, disse o ministro, porém, como já mencionado, sem detalhar a fonte de recursos para o novo programa social.
O ministro disse ainda que o programa “não é eleitoreiro e visa emancipar o cidadão”.
“Um programa que vai chegar mais fortalecido a esse público como também vai buscar ampliar o público”.
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