A energia está muito cara. Pelo menos é isso o que a própria população está dizendo. E de fato essa opinião se ampara em fatos. De acordo com a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (ABCE), o Brasil registrou uma média de 74,3% na conta de energia.
Esse dado considera o intervalo da década que começou em 2011 e terminou em 2020. Isso não quer dizer que a energia não diminuiu de valor em nenhum momento. Mas quer dizer que o ritmo de aumentos foi muito mais constante.
Ainda de acordo com a ABCE, o valor médio do megawatt/hora (MHh) subiu de R$331 para R$577. É portanto um aumento considerável. Principalmente quando se sabe que esse aumento acaba prejudicando a compra de outros produtos essenciais para as famílias brasileiras.
Mas qual é o motivo desse aumento constante? De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o motivo tem um nome: a falta de chuva. Os principais pontos de preocupação seguem sendo as regiões do Sudeste e do Centro-Oeste.
É que ainda de acordo com o Inpe, essas duas áreas do Brasil registraram chuvas abaixo da média em todos os anos deste última década. Isso tem portanto total relação com o aumento dos preços que chegam para o consumidor final.
Conta de energia
Atualmente, essa falta de chuva dita o ritmo das faixas extras de cobrança. O Brasil tem a faixa verde, a faixa amarela e a faixa vermelha 1 e 2. A depender da situação dos reservatórios, o brasileiro acaba pagando mais ou menos.
Em 2020, o Governo prometeu que não iria realizar cobranças de nenhuma dessas faixas por entender o momento crítico da pandemia. Seja como for, eles não conseguiram cumprir a promessa e passaram a cobrar a bandeira vermelha 2 já no mês de dezembro de 2020.