O Ministério Público da Bolívia pediu a prisão preventiva de Jeanine Àñez por seis meses. A ex-presidente interina foi presa ainda no último sábado (13). A informação do tempo de prisão de Àñez é da agência de notícias AFP.
De acordo com a agência, o pedido partiu do próprio MP. O Ministério afirma que ela participou de um golpe de estado contra o então presidente Evo Morales. E por isso, ainda na visão do MP, ela precisa ficar presa por, pelo menos, esse tempo.
Ainda não está claro o motivo desse tempo da prisão preventiva. Mas fontes da imprensa local afirmam que seria uma maneira de impedir que Àñez destruísse provas que poderiam surgir contra ela no decorrer desta investigação.
Quando foi presa nesta sábado, ela estava em sua casa escondida em uma cama-box. É um modelo muito comum na Bolívia. Mas o disfarce não ajudou muito. A polícia não teve dificuldades de encontrar a política. A imagem do momento do flagra circulou o mundo nas últimas horas.
Prisão na Bolívia
Para quem não lembra, Àñez assumiu o poder ainda em 2019, logo depois das eleições presidenciais que elegeram Evo Morales. Inicialmente, dados da Organização dos Estados Americanos (OEA) apontavam fraudes no sistema eleitoral do país.
Com essa informação, o Congresso local decidiu destituir Morales e colocar Àñez no lugar. Inicialmente, ela disse que ficaria por um pequeno período de tempo até marcar as novas eleições presidenciais no país.
Mas o tempo foi passando e as eleições não foram para agenda. Nesse meio tempo outros relatórios criticaram os dados da OEA e disseram que o pleito na Bolívia foi seguro. Recentemente, o grupo de Morales voltou ao poder com a vitória ainda em primeiro turno de Luis Arce.
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