As tensões diplomáticas entre Estados Unidos e China aumentaram nos últimos dias por conta de dois eventos principais. O primeiro se refere à fundação de bases militares americanas nas Filipinas, território próximo a Taiwan. Por outro lado, o segundo evento parece ter gerado ainda mais polêmica: um balão chinês, considerado espião pelos americanos.
Por isso, hoje vamos entender cada um dos pontos e mostrar como isso afeta a geopolítica mundial. Vale lembrar que Estados Unidos e China são as duas principais potências econômicas mundiais e estão em guerra econômica há alguns anos.
Estados Unidos com bases militares nas Filipinas
Na última quinta-feira, 2, os Estados Unidos anunciaram que acessarão o território das Filipinas para a fundação de bases militares. Com o anúncio, os americanos fecharão um arco de bases ao redor da China, segundo especialistas. A tensão acontece em torno do território de Taiwan, que é principal ponto de conflitos geopolíticos da atualidade.
Por lá, a China diz que Taiwan é parte de seu território, algo reconhecido internacionalmente, inclusive na ONU. Contudo, a população do país e os Estados Unidos dizem que Taiwan é um território independente, inclusive pelo fato de ter governo próprio. As tensões aumentaram ainda mais quando Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara americana, visitou o território sem aviso prévio. Poucos dias depois, os chineses enviaram aparato militar para a região, sobrevoando o território.
As bases militares dos Estados Unidos nas Filipinas é um cerco completo dos americanos à China. Isso porque o local das bases, não divulgados, serão bem próximos a Taiwan. Um dos locais mais prováveis é Luzon, uma ilha no extremo-norte das Filipinas, perto do território disputado (conforme imagem).
Além dessa tensão, os Estados Unidos acusam a China de enviar um balão espião para o território americano. Os chineses negam e afirmam que o balão tem outra funcionalidade.
China nega ter balão espião
Além das bases militares, os últimos dias foram marcados por um fato “curioso”. Nos Estados Unidos um balão acirrou as tensões entre os americanos e os chineses. Por um lado, o Pentágono afirma que o artefato serve para espionagem. Por outro, a China afirma que se trata de um balão meteorológico, que se perdeu por conta dos ventos.
“A China é um país responsável e estamos sempre observando as leis internacionais. Não temos intenção de invadir o espaço aéreo dos Estados Unidos“, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning. Contudo, os americanos negam.
Segundo o Pentágono, o balão chinês tem autonomia para manobrar, além de ter uma “grande carga” dentro de si. Além disso, o balão teria desviado seu curso “deliberadamente”. Apesar disso, o governo não informou onde o artefato se encontra, mas disse que as pessoas conseguem ver facilmente ao olhar para o céu.
Nos Estados Unidos, o governo afirmou que não derrubou o balão da China por temor a algum tipo de risco para a população.