Mais gêmeos estão nascendo hoje do que nunca, de acordo com um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Os pesquisadores dizem que a tendência pode ser atribuída principalmente ao aumento dos tratamentos de fertilidade e aos pais começando suas famílias mais tarde na vida.
O novo estudo, publicado na revista acadêmica Human Reproduction, mostra que a taxa global de nascimentos de gêmeos aumentou em um terço desde os anos 1980. Passou de pouco mais de nove nascimentos de gêmeos por mil partos para 12. Isso equivale a 1,6 milhão de pares de bebês a cada ano.
A Ásia e a África respondem atualmente por 80% de todos os partos gêmeos no mundo. No entanto, a Europa, a América do Norte e a Oceania registram crescimento do número de casos, de acordo com o relatório.
Os pesquisadores analisaram as taxas de gêmeos de 2010 a 2015 em 165 países, cobrindo 99% da população mundial. Para 112 países, os cientistas compararam as taxas de 1980 a 1985. Eles descobriram que os resultados mais do que dobraram na Europa nos últimos 30 anos, e até dispararam 71% na América do Norte.
Razões para o aumento de gêmeos no mundo
Há duas razões por trás dessa tendência, conforme o especialista em estudos demográficos Gilles Pison. “Em primeiro lugar, o desenvolvimento da reprodução assistida está associado a uma maior frequência de nascimentos de gêmeos. Em segundo lugar, o fato de que as mulheres têm bebês cada vez mais tarde em muitos países do mundo, especialmente nos países mais avançados”, explicou.
Contudo, as taxas de nascimentos gêmeos agora podem ter atingido um pico. Isso porque a gravidez gemelar apresenta um risco maior de complicações, parto prematuro e baixo peso ao nascer. Por isso, as autoridades de saúde internacionais estão cada vez mais aconselhando as clínicas de fertilidade a refinar as técnicas para favorecer a gravidez única.
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