No Dia Internacional da Mulher, o debate em torno da participação delas no mercado de trabalho sempre ganha força. Os dados de pesquisas mostram que a situação das mulheres no Brasil dentro dessa área ainda está longe de se normalizar.
De acordo com a Consultoria IDados, as mulheres ganham menos do que os homens em todos os 26 estados da federação e no Distrito Federal. Estamos falando aqui de salários diferentes para se realizar a mesma função.
Os números mostram um cenário de muita desigualdade de gênero na área. Seja como for, essa desigualdade fica maior ou menor a depender do estado que estamos falando. Os estados da região Norte são os que apresentam a menor desigualdade.
Tanto é que o Amapá é o estado com a menor diferença salarial entre homens e mulheres. Por lá, uma mulher ganha em média 99,6% do salário dos homens. Todos os estados da região apresentam índices próximos disso.
De acordo com especialistas, isso acontece porque por lá existe uma grande quantidade de servidores públicos. Então entre os empregos formais, eles são maioria. Mas isso não quer dizer que a desigualdade não exista no mundo do trabalho informal, que a pesquisa não captou.
Mulheres no trabalho
Do outro lado da ponta está a região centro-oeste. Por lá o destaque negativo é mesmo o Mato Grosso do Sul. No estado, as mulheres ganham em média 65,4% do salário dos homens. É portanto o índice de desigualdade mais alto do país.
Outros estados possuem taxas altas de desigualdade. São os casos, por exemplo, de São Paulo, com 79,1% e de Minas Gerais, com 76,2%. No Rio de Janeiro, as mulheres recebem em média 82,4% dos salários dos homens.