No estado norte-americano da Flórida, dias antes de morrer de Covid-19, Megan Blankenbiller, que não havia se vacinado, postou um vídeo no TikTok demonstrando seu arrependimento por esperar a “hora certa” para se imunizar e pedindo para que a população não faça como ela e se vacine o mais rápido possível.
“Eu não deveria ter esperado. Eu acho que mesmo que você tenha apenas 70% de certeza de se vacinar, faça. Não espere. Vacine-se”, disse Megan no vídeo com 900 mil visualizações. “Porque, felizmente, se você for vacinado, não vai acabar em um hospital como eu”, acrescentou.
A jovem de 31 anos tinha mais de 15 mil seguidores no TikTok e começou a apresentar sintomas de Covid-19 no dia 13 de agosto. Ela poderia ter se vacinado contra a doença desde o mês de abril.
“Acho que esperar foi um erro. Não me vacinei, mas não sou antivacinas. Eu esperei muito tempo. Estava assustada. Durante várias semanas fiquei pensando em me vacinar, estava pronta para fazer e, sinceramente, esperei porque estava tentando convencer toda a minha família a se vacinar simultaneamente”, ela explica no vídeo.
“Mas se você está na mesma situação e espera convencer alguém a se vacinar com você: não o faça. Vacine-se”, acrescentou.
Vídeo de Megan incentiva população a se vacinar contra a Covid-19
O último vídeo gravado por Megan foi publicado no dia 15 de agosto, dia em que ela foi internada. A jovem morreu no dia 24, depois de 9 dias hospitalizada, e seu arrependimento serviu para incentivar outras pessoas a se vacinarem, segundo Cristina Blankenbiller, irmã de Megan.
“Megan foi uma grande luz neste mundo. Mesmo em seus últimos dias, com pouca força, ela queria enviar uma mensagem que pudesse ajudar outras pessoas. (…) Vários amigos, familiares e estranhos nos disseram que vacinaram em homenagem ao legado de Megan”, disse Cristina ao site da NBC News.
Mesmo com grande quantidade de vacinas contra Covid-19 disponíveis para a população, os Estados Unidos, até o momento, têm apenas 54,1% da população com o esquema vacinal completo, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.