Durou dois dias o drama de uma mulher, de 36 anos, que foi libertada de um cativeiro após ser mantida dois dias em cárcere privado em um imóvel na cidade de Capão da Canoa, no litoral norte do estado do Rio Grande do Sul. De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi resgatada sem ferimentos.
Em nota, divulgada nesta sexta-feira (23), a corporação, que compartilhou uma foto do reencontro da mulher com o marido e a filha após ser resgatada pelos policiais, divulgou que seis pessoas já foram presas.
Conforme a entidade, a vítima foi capturada pelos criminosos na terça-feira (20), logo pela manhã, no Centro de Referência de Assistência Social da Zona Norte de Caxias do Sul, local onde trabalha como assistente social.
Após capturá-la, os sequestradores exigiram que o marido da vítima, um empresário da região, pagasse para a mulher ser liberada. Todavia, esses criminosos foram presos antes que o homem desembolsasse qualquer quantia para o resgate da companheira. De acordo com as investigações, foram amigos do marido da vítima que planejaram o crime.
Nesta sexta (23), o titular da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos, delegado João Paulo de Abreu, detalhou que, no cativeiro em que a assistente social estava, os agentes encontraram a arma de fogo utilizada para coagi-la a seguir com os criminosos.
Apoio ao marido
De acordo com a Polícia Civil, investigações preliminares constataram que a casa onde a vítima estava havia sido alugada pela internet por um dos criminosos, há cerca de uma semana. Além disso, o delegado ainda revela que um dos suspeitos de ser mentor do sequestro, amigo do marido da vítima, esteve na delegacia pelo menos quatro vezes sob o pretexto de prestar apoio ao empresário.
“Oferecia carona e levava comida para o amigo, tudo na tentativa de se aproximar e descobrir o que a Polícia já sabia”, explicou o delegado, que ainda detalhou que a operação para resgatar a mulher foi liderada pela Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
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