Cenas lamentáveis foram registradas na tarde de quarta-feira (28) em Taquatinga, no Distrito Federal. Isso porque uma mulher, de 64 anos, não satisfeita por ter sido presa em flagrante pelo crime de injúria racial, acabou agredindo uma agente da Polícia Militar (PM).
Segundo as informações da corporação, o crime aconteceu em frente a um shopping na região. Na ocasião, pai e filho estavam na calçada quando, de repente, a idosa passa por eles e inicia as ofensas. “Negrada do inferno, vão para o raio que o parta”, disse a mulher.
No momento dos fatos, Alcides Jesus Santos, de 39 anos, que é técnico em telecomunicação, filmava o pai, José Barbosa dos Santos, de 70 anos, em frente ao shopping. De acordo com uma publicação do portal “G1”, os dois estavam voltando de uma consulta médica, pois o pai do homem está em tratamento contra um câncer.
Na gravação, os dois estavam comentando sobre a pintura do edifício, assunto que o idoso que luta contra o câncer sabe bem, visto que atuou como pintor por mais de 40 anos. Enquanto eles falavam sobre o tema, a mulher passou e proferiu as ofensas já citadas. Por sorte, neste momento, uma policial militar à paisana passava pelo local e escutou o que a idosa disse.
“Você está doida?”, disse a PM ao ouvir a fala da mulher. No vídeo, é possível ver que a idosa tenta fugir da abordagem e até agride a policial, mas apesar da resistência, acaba sendo detida.
https://www.youtube.com/watch?v=dkRt-iGohuE
Vítimas comentam injúria
De acordo com Alcides, no momento do caso, eles estavam comentando sobre as mudanças ocorridas na pintura quando as injúrias aconteceram. “A gente estava vendo as pinturas porque tinha um andaime e no tempo do meu pai não era assim. O serviço era feito com balanços”, comentou.
Segundo ele, ao ouvir os xingamentos, ele ficou triste e sem chão. Todavia, por sorte, a agente da PM estava no local e conseguiu deter a suspeita. “Fiquei sem chão, mas graças a Deus estava passando uma policial, que ajudou a gente. É inadmissível que, em pleno século XXI, a gente ainda esteja tendo que ver essa situação no Brasil. É bastante complicado”, afirmou Alcides.
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