A regulamentação do Uber é necessária no Brasil, especialmente em 2023. Desde que o aplicativo de transporte foi lançado no país, os motoristas trabalham sem proteção trabalhista ou regulamentação adequada.
No entanto, isso pode mudar com as medidas anunciadas pelo Governo Federal após uma reunião entre o ministro do trabalho e representantes do setor.
Atualmente, o Uber é o aplicativo de transporte mais popular no Brasil e no mundo, com milhões de brasileiros trabalhando para a empresa. Alguns veem o Uber apenas como uma atividade complementar, enquanto outros dependem exclusivamente desse modelo de trabalho para obter renda.
A seguir, saiba tudo sobre as mudanças na regulamentação do Uber.
Quantos trabalhadores trabalham com Uber?
Antes de falar sobre a regulamentação da Uber, é importante entender como os brasileiros se relacionam com esse popular aplicativo de mobilidade urbana.
Assim, segundo a última pesquisa da Uber, o app está presente em todas as regiões do Brasil, abrangendo cerca de 600 cidades, incluindo todas as capitais. No entanto, ainda existem várias cidades que não possuem o serviço da plataforma.
Afinal, quantas pessoas trabalham para a Uber no Brasil? Segundo um estudo do Cebrap em parceria com a Amobitec, aproximadamente 1,66 milhões de brasileiros atuam em aplicativos desse setor. Esse número não se limita apenas aos motoristas da Uber, mas também inclui condutores de apps como 99, InDriver e BlaBlaCar.
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Regulamentação do Uber trará benefícios
Atualmente, está sendo discutida a regulamentação do Uber, envolvendo representantes do Governo Federal, porta-vozes de aplicativos de transporte e associações que defendem os direitos dos motoristas de aplicativos.
Dessa forma, se a regulamentação for implementada, os motoristas de aplicativos de transporte e entrega poderão ter acesso a diversos benefícios, como um salário mínimo (ainda a ser definido), seguro contra acidentes e mecanismos para controlar sua jornada de trabalho diária.
Ademais, a regulamentação do Uber visa proporcionar mais dignidade ao trabalho dos motoristas. Com sua implementação, os colaboradores dos aplicativos serão tratados como profissionais, não apenas como pessoas que buscam ganhar dinheiro extra dirigindo pela cidade.
Durante uma reunião do Grupo de Trabalho (GT) criado pelo Governo Federal para discutir o assunto, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa aplicativos como Uber, 99, Amazon e iFood, apresentou um conjunto de propostas para regulamentar a categoria.
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Principais mudanças
Uma das principais mudanças propostas pelas associações de defesa dos motoristas e os representantes de aplicativos de transporte e entrega para a regulamentação do Uber é a garantia de uma remuneração mínima para todos os colaboradores.
No momento, já existem algumas plataformas de transporte e entrega que disponibilizam esse tipo de pagamento. No entanto, conforme a Amobitec, estabelecer uma regulamentação legal para esse pagamento tornará a relação entre motoristas e plataformas mais transparente.
De acordo com um comunicado oficial da Associação, a proposta deve assegurar de forma explícita que os trabalhadores recebam o valor correspondente ao salário mínimo nacional proporcional ao tempo de trabalho efetivo e comprovado, levando em conta os diferentes usos da plataforma, tanto regulares quanto esporádicos.
Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.320 e está vinculado a uma jornada de trabalho de 44 horas semanais. No entanto, de acordo com uma pesquisa divulgada por aplicativos como Uber, iFood, Zé Delivery e 99, os entregadores e motoristas trabalham em média de 13 a 17 horas por semana.
Portanto, a remuneração mínima a ser oferecida aos trabalhadores levará em consideração o valor atual do salário mínimo. Além disso, também considerará o número de horas trabalhadas por cada motorista ou entregador.
Mais transparência
Outra questão apresentada pela Amobitec ao Grupo de Trabalho do Governo Federal é a “transparência de dados”. A associação enfatiza que as empresas do setor devem se esforçar para garantir uma comunicação aberta, direta e fluida com todos os colaboradores.
A proposta busca estabelecer critérios mínimos de transparência nas informações fornecidas pelas plataformas aos trabalhadores cadastrados, bem como nos procedimentos administrativos relacionados ao cadastro desses trabalhadores, conforme mencionado em comunicado oficial.
Essa medida visa solucionar um problema enfrentado por muitos motoristas de aplicativos atualmente: a falta de transparência na divisão dos valores pagos pelos clientes.
Os motoristas da Uber e de outros aplicativos de transporte têm consciência de que parte do valor pago pelos clientes é repassada às plataformas. No entanto, a taxa de repasse e como o valor é compartilhado ainda geram muitas dúvidas. A regulamentação do Uber pode mudar tudo isso.
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