Fazenda de Tereza Cristina, foi invadida por oito manifestantes no último domingo (30). Contudo, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) afirmou segunda uma nota publicada que não teria participação ou algum tipo de envolvimento em tal ação.
O texto publicado ainda garante que o MST não planejou nenhuma ocupação em áreas onde está situada a fazenda da Senadora Tereza Cristina (PP). A fazendo da Senadora está localizada em Terenos, cerca de 30 quilômetros de Campo Grande.
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Notícia teria sido veiculada por um Jornal da região
Essa notícia sobre a invasão ocorrida que segundo relatos teve a presença de 8 invasores foi revelada pelo jornal Campo Grande News. Nesse sentido, a sul-mato-grossense teria sido informada de que um grupo composto por 8 pessoas tentou invadir a propriedade da senadora.
Segundo palavras da própria Senadora sobre a ação: “A polícia foi acionada e foi muito ágil. Todos foram retirados pacificamente”, explicou Tereza. Segundo a própria Senadora, a situação foi rapidamente normalizada.
Além disso, os militares que atenderam o chamado disseram que o grupo era liderado por duas mulheres e faziam parte do Acampamento Fênix. Acampamento esse que em tese não possui nenhuma ligação com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Ainda conforme os policiais, essas oito pessoas teriam tentado armar um acampamento no fundo da fazenda, bem próximo à rodovia. Essas pessoas teriam sido convencidas pelos policiais a se desmobilizarem e irem embora por meio de diálogo. Com isso, ninguém foi preso na ação policial.
MST nega envolvimento com o caso
Em nota publicada, o MST, deixa claro que embora a Senadora tenha conduzido o Ministério da agricultura e seja vista pelo movimento como uma representante do agronegócio. O MST garante que não organizou nenhum ato de invasão a fazenda da senadora, segundo nota publicada:
“Ainda que seja figura proeminente do agronegócio e tenha em seu histórico a condução do Ministério da Agricultura durante o governo [de Jair] Bolsonaro (PL), o MST não organizou nem apoiou nenhuma ação em latifúndios da senadora”, diz o comunicado.
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Lula convida MST para compor ‘Conselhão’
Em meio a evidência que o MST ganhou devido a CPI, Lula decidiu integrar o movimento ao chamado “Conselhão”. Algo que fora criado durante o primeiro governo de Lula e havia sido extinto por Jair Bolsonaro (PL).
Nesse sentido, o órgão responsável por assessorar o atual presidente Lula, deve voltar com força e segundo Alexandre Padilha, ministro das relações institucionais e coordenador do Conselho, “é uma honra a presença do MST”.
Além disso, em abril desse ano, o movimento, havia promovido a ocupação de áreas no Campo, em uma jornada que ficou conhecida como a “Jornada de Luta em defesa da Reforma agrária”, esse episódio provocou um maior atrito entre o governo e o agronegócio. Ainda segundo o movimento, está havendo reações violentas contra as ocupações.
Essa inclusão ocorre em momento conflituoso, dado que a Câmara segue com uma discussão envolvendo a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) com intuito de investigar o MST.
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