O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça na noite de ontem, segunda-feira (8), que condene o ex-ministro José Dirceu por lavagem de dinheiro. Na ação, que faz parte da Operação Lava Jato, ele é acusado de receber propina da Engevix e da UTC.
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Além disso, os procuradores também solicitaram a condenação do ex-diretor da Engevix, Gerson Almada, e do irmão do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, pelo mesmo crime. Vale a pena destacar que a denúncia do MPF foi aceita pela Justiça Federal no começo de 2018. Até então, José Dirceu se tornava réu pela terceira vez.
Adicionalmente, ele havia sido condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em outros dois processos da operação. José Dirceu acabou sendo preso em maio de 2018 depois que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou recurso em relação a uma condenação de 8 anos e 10 meses. Dirceu deixou a prisão em novembro de 2019.
A denúncia do MPF
Segundo a denúncia do MPF, as propinas eram em decorrência de acertos de corrupção envolvendo contratos da Petrobras, pela ascendência de José Dirceu sobre a Diretoria de Serviços da estatal.
Conforme as investigações, a Engevix recebeu R$ 900 mil em pagamentos. Já a UTC pagou R$ 1,5 milhão por supostos serviços de consultoria da empresa de José Dirceu, a JD Consultoria, mas sem nenhum serviço prestado, conforme a denúncia. Além da condenação, os procuradores também pediram o bloqueio de R$ 2,4 milhões dos réus.
Além disso, o MPF também quer que os acusados paguem multas de R$ 1,8 milhão e R$ 3 milhões – dobro dos valores desviados. Por fim, o MPF ainda pede que os três, caso condenados, comecem o cumprimento da pena em regime fechado.