O Ministério Público (MP) do Espírito Santo revelou nesta quinta-feira (05) que Clarinha, como é conhecida uma mulher, sem registro oficial, que está internada há 21 anos em estado vegetativo no Hospital da Polícia Militar (HPM), em Vitória, pode se chamar, na realidade, Cecília. A mulher está em coma desde 2000 após ser atropelada.
Segundo o MP, o órgão apura se a mulher não pode ser a criança mineira Cecília São José de Faria, que desapareceu em Guarapari, em 1976. De acordo com as informações, a família da menina passeava pelo Espírito Santo quando ela desapareceu e nunca mais foi achada.
Em abril deste ano, a família de Cecília realizou exames genéticos para saber se Clarinha é mesmo a garota Cecília. O caso só foi levantado após uma equipe de papiloscopistas da Força Nacional de Segurança Pública ter conhecimento do coma da mulher e, a partir disso, pedir autorização para ajudar na investigação.
Segundo esses profissionais, eles utilizaram um processo de comparação facial, com buscas em bancos de dados de pessoas desaparecidas com características físicas semelhantes às da mulher. De acordo com o órgão, a partir dessas buscas, os profissionais chegaram ao caso de uma criança de 1 ano e 9 meses desaparecida em Guarapari, em 1976.
“Na época dos fatos, a família dela, que é de Minas Gerais, passava férias no Espírito Santo. Para a confirmação das semelhanças físicas entre a menina desaparecida e ‘Clarinha’, foi solicitada a realização de exame de reconhecimento facial por uma empresa especializada neste trabalho localizada no Paraná”, detalhou o MP em nota. Ainda segundo o órgão, um exame concluiu haver “compatibilidade” entre as imagens de Clarinha e a da menina Cecília.
Por fim, a informação é que ainda não há prazo para que o veredito final seja divulgado. Sendo assim, até lá, a pergunta se Clarinha é mesmo a criança Cecília, ficará pelo ar. “Assim que o procedimento for concluído, os familiares e a imprensa serão comunicados”, disse o MP.
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