O atual vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), revelou nesta terça-feira (29) ter recebido, no Palácio do Planalto, o futuro detentor do cargo, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), vice do chefe do Executivo eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com Mourão, em entrevista coletiva, no encontro ele apresentou a Alckmin a estrutura do gabinete da Vice-Presidência, localizada no prédio anexo ao Palácio do Planalto, e futuro local de trabalho do ex-governador, que assume o posto de vice de forma oficial no próximo dia primeiro de janeiro.
“Expliquei para ele qual é a nossa estrutura, as atribuições, quais são as assessorias que ele tem livre provimento — outras são designadas pelo Itamaraty e pelas Forças Armadas”, afirmou Mourão durante a entrevista. Em outro momento, ele relatou que o encontro aconteceu após um pedido do ex-governador paulista.
“Ele me telefonou, perguntou se podia vir tomar um café aqui hoje e foi isso aí. Normal, nada demais”, acrescentou, relatando ainda que a esposa de Alckmin, Lu Alckmin, também visitou o Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência.
Mourão e Alckmin conversaram sobre o Conselho da Amazônia
De acordo com o atual vice-presidente, ele e Alckmin conversaram sobre o Conselho da Amazônia, uma das atribuições do vice-presidente da República. O órgão em questão havia sido extinto, mas foi recriado na gestão do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) após críticas da comunidade internacional por conta da maneira com que o governo vinha lidando com a questão ambiental.
Segundo Mourão, durante a conversa, ele explicou para Alckmin como o conselho funciona. “Sobre o Conselho da Amazônia, expliquei a ele [Alckmin] como funciona”, declarou o vice-presidente, que a partir de janeiro assumirá o posto de Senador – ele foi eleito pelo estado do Rio Grande do Sul.
O tema meio ambiente é uma das pautas consideradas principais pela gestão do futuro governo, que sinalizou para a comunidade internacional que irá priorizar o tema. Por conta disso, desde que Lula foi eleito, a Alemanha e a Noruega revelaram que voltarão a destinar recursos para o Fundo Amazônia – os repasses estão suspensos por conta das polêmicas da gestão Bolsonaro na área ambiental.
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