Para o vice-presidente Hamilton Mourão (PTRB), a discussão sobre o voto impresso, derrotado na Câmara dos Deputados por unanimidade, na noite de terça-feira (10), é um caso encerrado. A declaração de Mourão foi dada na manhã desta quarta-feira (11) enquanto ele chegava ao Palácio do Planalto, em Brasília.
“Acho que o assunto foi colocado. A própria Justiça Eleitoral, eu acredito, vai se esforçar dentro do processo que existe para dar mais publicidade e transparência às eleições. Então, olhando por este lado, eu acho que, no final das contas, saímos bem. Para mim está encerrado o assunto. Se o Congresso decidiu, está decidido”, afirmou o vice-presidente.
Em outro momento, Mourão também foi questionado sobre o desfile militar que foi realizado no mesmo dia da votação. Segundo ele, que revelou não ter sido convidado para o ato, o movimento não teve como objetivo pressionar o Congresso.
A opinião do político diverge de parlamentares que formam a oposição do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Essas pessoas afirmam que o ato teve o intuito de intimidar os deputados que votaram a PEC do voto impresso.
Para Mourão, seria “extremamente ridículo” se a intenção tivesse sido essa, a de pressionar. O desfile em questão, assim como publicou o Brasil123, contou com a participação de veículos blindados na Praça dos Três Poderes e, oficialmente, foi feito para que Bolsonaro recebesse um convite para assistir a um treinamento do exercício militar.
Além do chefe do Executivo, também estiveram no desfile alguns ministros, como o general Braga Netto, chefe do Ministério da Defesa, e comandantes militares. “A Marinha quis fazer uma homenagem ao presidente. Eu vejo dessa forma. Eu acho que estava marcado antes isso aí. Se fosse para ser colocado como uma forma de pressão no Congresso, seria extremamente ridículo. Não vejo dessa forma”, complementou Mourão.
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