Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente da República, afirmou nesta terça-feira (28) que, em sua opinião, não existem razões para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os escândalos recentes do Ministério da Educação (MEC).
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Nesta terça, partidos de oposição anunciaram que irão registrar o pedido de criação da comissão de inquérito. Para Mourão, a CPI do MEC “servirá apenas para exploração política”. Além disso, ele destaca que a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP) já apuram os indícios de irregularidades na pasta.
“Para mim, não é o caso [de criação da CPI do MEC]. A Polícia Federal e o Ministério Público estão tratando do assunto. Servirá apenas para exploração política, como foi a da Covid-19”, afirmou ele, que neste ano deixará de ser vice do presidente Jair Bolsonaro (PL) para tentar uma vaga como senador pelo estado do Rio Grande do Sul.
CPI deve acontecer
No domingo (26), o líder da oposição no Senado Federal, Randolfe Rodrigues (Rede), o mesmo que criou a CPI da Covid-19, afirmou que já havia reunido as 27 assinaturas necessárias para a criação da comissão de inquérito.
Na segunda, Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, afirmou que, caso a oposição cumprisse todos os procedimentos, iria ler o requerimento e instalar a comissão. Além das assinaturas, para que a abertura aconteça, é necessário ter um orçamento de fato determinado.
De acordo com as informações, os senadores de oposição já teriam cumprido os três requisitos e a abertura estaria somente por conta da leitura do presidente do senado. Caso de fato saia do papel, a CPI do MEC deve ter como foco as suspeitas de corrupção na gestão do ex-ministro Milton Ribeiro e na distribuição de recursos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
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