Hamilton Mourão (PTRB), vice-presidente do Brasil afirmou nesta quinta-feira (24) que o país não concorda com a invasão promovida pela Rússia à Ucrânia na madrugada de hoje. De acordo com ele, “o Brasil não está neutro”.
“O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade”, afirmou o vice-presidente enquanto chegava ao Palácio do Planalto.
Assim como noticiou o Brasil123, o presidente Vladimir Putin ordenou que as Forças Militares da Rússia invadissem algumas regiões da Ucrânia, causando instantaneamente uma crise sem precedentes neste século na Europa tanto no quesito militar quanto no diplomático.
Na entrada no Palácio do Planalto, jornalistas que acompanham o vice-presidente perguntaram como ele, general da reserva, avalia o ataque da Rússia. “A gente tem que olhar sempre a história. A história ela ora se repete como farsa, ora se repete como tragédia. Nesse caso ela está se repetindo como tragédia”, relatou Mourão.
Bolsonaro na Rússia
Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que ainda não se pronunciou sobre a invasão, esteve na Rússia e se reuniu com Putin. O encontro, inclusive, causou um desgaste muito grande do Brasil com outros países, sobretudo com os Estados Unidos.
Durante a entrevista, Mourão foi perguntado sobre a viagem de Bolsonaro para encontrar Putin, quem ele afirmou que “buscava a paz”. Todavia, o vice-presidente driblou os jornalistas e disse que não iria comentar os atos do chefe do Executivo. “Eu não comento as palavras do presidente”, afirmou.
Posição oficial
Na manhã desta quinta, o Palácio do Itamaraty divulgou um comunicado em que diz que o Brasil “apela” para que as hostilidades na Ucrânia sejam cessadas. “O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão”, começou.
De acordo com a nota, este acordo deve ser feito “com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil”.
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