Hamilton Mourão (PTRB), vice-presidente da república, afirmou nesta terça-feira (18) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não decidiu sobre o reajuste salarial exclusivo aos policiais. Mourão ainda ressaltou que o espaço orçamentário para conceder o aumento a diferentes categorias de servidores é pequeno.
Assim como publicou o Brasil123, o Congresso Nacional aprovou, em dezembro do ano passado, o Orçamento Federal. No texto, há uma reserva de R$ 1,7 bilhão para o reajuste salarial de agentes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Não bastasse o aumento, o documento também trouxe um trecho que destina R$ 800 milhões para o custeio do reajuste do piso salarial de agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias.
“Não sei nem se o presidente vai conceder isso aí [aumento para segurança e saúde]. Vamos aguardar. O presidente não bateu o martelo sobre isso aí e o espaço orçamentário é muito pequeno”, afirmou Mourão em entrevista coletiva.
Por conta desse aumento exclusivo, outras áreas do funcionalismo público têm feito protestos. Fiscais da Receita, por exemplo, se demitiram recentemente. Apesar da “rebelião”, Mourão afirma que não há dinheiro para a extensão do benefício para outras carreiras. “Não tem espaço no orçamento para isso”, afirmou.
De acordo com a jornalista Andréia Sadi, da “Globo News”, por conta de pressões como essa dos fiscais e de outras categorias pelo reajuste salarial, Bolsonaro tem sido aconselhado por membros do Ministério da Economia a recuar do reajuste salarial aos policiais.
Ainda conforme a jornalista, até o ministro da pasta, Paulo Guedes, tem opinado sobre. De acordo com ela, ele tem repetido a políticos aliados do presidente que não é hora de dar reajuste salarial a ninguém.
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