De acordo com os levantamentos da Agência Pública, mais de 100 motoristas foram multados pela polícia militar após os protestos realizados nas capitais brasileiras. Os motivos foram a falta de cinto juntamente com o buzinaço. Acredita-se que os valores estejam circulando entre R$ 88,38 a até R$ 5.869,40, dependendo exclusivamente da gravidade da situação. Somente na cidade de Porto Alegre, foram mais de 46 autuações e vale ressaltar o caso pode desencadear até mesmo no ganho de pontos na CNH.
Já no caso do Detran do Rio Grande do Sul, não houve registros de ocorrência. Houve cerca de 20 manifestantes em Florianópolis. A situação está causando bastante transtorno e boa parte destes motoristas pretendem recorrer ao ato.
Muitos se manifestaram de forma anônima através do jornal APublica. Em uma das situações, a servidora pública que não afirmou o nome, acrescentou que recebeu penas de quase R$ 200 por estar andando sem o cinto de segurança, o que ela garante não haver acontecido.
Ela afirmou que pretende recorrer ao ato de forma judicial e que não irá permitir que ocorram essas tentativas de silenciamento: “Foi totalmente descabida a autuação, fiquei incomodada. Se ainda tivesse feito algo errado, tudo bem, mas eu estava de cinto o tempo todo. Participar do protesto é um direito civil. Como a população vai ficar à vontade para protestar se a retaliação vem assim, como uma forma de silenciamento?”
Motoristas foram vítimas de tentativas de silenciamento?
Outro exemplo que deu entrevista para a APublica foi Fabiano Marranghello Zalazar. Ele recebeu uma multa em que era acusado pelo uso prolongado da buzina. Entretanto, argumenta que ela estava estragada no momento e ainda não funciona, não era ele: “Já fui ao mecânico para consertar porque está travada mesmo. Tem até um laudo constatando que não funciona. Essa multa que levei, na avenida João Pessoa, não faz o menor sentido”
Não há dúvidas de que, se os multados realmente estejam falando a verdade, as influências ideológicas falaram mais alto antes da atuação. Os organizadores do evento acrescentam que foram pacíficos mas que os policiais entenderam a situação de outra forma completamente diferente.
Em Santa Catarina, a participação deve desencadear a suspensão da carteira juntamente com a multa gravíssima prevista pela lei 253-A do Código Brasileiro de Trânsito.
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