O valor da gasolina, em média, caiu pela terceira semana consecutiva nas bombas do Brasil, depois de fortes avanços registrados nas semanas anteriores. Tudo isso, por causa do reajuste promovido pela Petrobras.
Em contrapartida, o etanol caiu novamente depois de uma leve alta na semana passada. No entanto, o diesel ficou mais caro na sétima semana consecutiva, entristecendo assim, os motoristas.
Diante disso, o levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), aponta que o preço médio nacional da gasolina caiu 0,34% nesta semana. Dessa forma, o valor do combustível passou de R$ 5,86 para R$ 5,84.
O combustível caiu apenas quatro cêntimos nas últimas três semanas, o que significa que a variação não conseguiu aliviar os orçamentos das famílias que precisam de abastecer os seus veículos.
A ANP revelou que o preço mais alto da gasolina apurado nos postos de todo o país nesta semana foi de R$ 7,62. Isso significa que havia pontos de venda vendendo o litro do combustível a um preço 30,5% superior à média nacional, dificultando ainda mais a vida dos motoristas nessas localidades.
Ajuste da Petrobras encarece gasolina
No dia 16 de agosto, a Petrobras voltou a ajustar o valor da gasolina vendida às distribuidoras. Em suma, a Petrobras elevou o preço da gasolina no país em 16,3%. Com isso, o litro do combustível passou de R$ 2,52 para R$ 2,93, um aumento de 41 centavos.
O valor da gasolina vendida às distribuidoras é bem inferior ao preço nas bombas (R$ 5,84). Isso acontece porque existem outras variáveis que afetam os preços dos combustíveis, como impostos, taxas, margem de lucro e custos trabalhistas.
Segundo dados da ANP, o preço médio da gasolina no país subiu 5,6%, ou 31 centavos, desde o reajuste da Petrobras. Nos últimos 12 meses, o aumento é ainda maior, de 17,5%, ou 87 centavos.
O etanol volta a cair o preço nas bombas
O etanol hidratado seguiu a mesma trajetória da gasolina e caiu de preço no país nesta semana. Em suma, o valor médio do biocombustível caiu 0,55% nas bombas, passando de R$ 3,66 para R$ 3,64.
O preço mais alto apurado nos postos da ANP foi de R$ 6,47, o que supera em 77,7% a média nacional. Isso mostra que os valores do etanol tiveram variações muito mais significativas do que a gasolina nesta semana.
O etanol tende a acompanhar as mudanças na gasolina porque não há regulação de preços dos biocombustíveis no país. Na verdade, a variação do etanol é definida pela relação entre oferta e demanda, que oscila principalmente em função das variações dos preços da gasolina. Isso acontece porque os combustíveis competem nas bombas.
Preço do diesel subiu pela sétima semana: Entenda
Depois de mais de cinco meses de queda, o valor do diesel encerrou a sétima semana de crescimento. Entre Fevereiro e Julho deste ano, os motoristas do país não se preocuparam com o aumento dos preços dos combustíveis fósseis. O combustível ficou mais caro pela última vez na primeira semana de fevereiro.
Na primeira semana de agosto, porém, o preço médio do litro do diesel no país aumentou, e isso foi ainda reforçado pelo reajuste que a Petrobras implementou em meados de agosto. Nesta semana, um aumento de 0,83% fez com que o valor médio nacional dos combustíveis fósseis subisse de R$ 6,05 para R$ 6,10.
O maior valor apurado pela ANP nos postos de combustíveis de todo o país foi de R$ 7,89. Este preço superou em 29,3% o preço médio nacional, pressionando ainda mais o bolso dos motoristas.
Petrobras ajusta preços do diesel
O cenário favorável aos motoristas do país com a redução do diesel mudou a trajetória e os preços no país só aumentam com ainda mais intensidade. No dia 16 de agosto, a Petrobras elevou em 25,8% o preço do litro do diesel A vendido às distribuidoras nacionais.
Com isso, o litro do diesel passou a ser vendido às distribuidoras por R$ 3,80. Anteriormente, o preço do combustível era de R$ 3,02, o que significa que o valor do diesel aumentou 78 centavos por litro.
A última vez que a Petrobras elevou os preços do diesel foi em 18 de junho de 2022, quando os preços dos combustíveis para as distribuidoras subiram 14,2%. Nos meses seguintes, a estatal pressionou por nove descontos consecutivos no diesel, mas isso acabou com o aumento de preços em agosto.