“O que está acontecendo na Colômbia?” Esse é um dos assuntos mais abordados nas redes sociais e Google nesta terça-feira (04). Muitos não estão compreendendo o que causou a onda de protestos no país e que levou a mais de 19 mortos e, estima-se, 800 feridos.
Nesta semana, o ministro da Fazenda renunciou após saber a quantidade dos dados de vítimas. Há duas semanas, o EL País publicou que o presidente Duque estaria planejando aumentar ainda mais os impostos como tentativa de corrigir o rombo econômico da pandemia.
No entanto, a população já vinha sofrendo com os impostos abusivos desde 2019. Somente em 2021, mais de 3,6 milhões de pessoas começaram a viver em zonas abaixo da linha de pobreza. Até mesmo aqueles que eram de classe média passaram a sentir os impactos negativos do aumento.
Após as falas de Duque e uma possível aprovação de reforma tributária, estourou-se uma onda de protestos. A população argumenta que o governo visa sempre o lado dos mais ricos e ignora as necessidades que possuem.
Já são seis dias seguidos de protestos intensos e a ONU, Organização das Nações Unidas, manifestou-se contra o uso da força que os policiais estão optando.
Quem está financiando o protesto na Colômbia?
O Comitê Nacional de Greve da Colômbia argumenta que os protestos não estão sendo financiados por nenhum grupo. Mas, o governo acredita que as FARC, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, estão causando bastante influência. O grupo socialista existe desde 1964 e foi financiado pela União Soviética a fim de estender o domínio ideológico na Guerra Fria. Apesar de “acabarem” em 2016, fazem parte da oposição e ainda estão espalhados pelo país de forma ilegal.
Contudo, após a União Soviética deixar de existir, o grupo se viu desorientado e sem os financiamentos. Dessa forma, para continuar com a revolução que planejavam, começaram a vender coca e cocaína em escala internacional, exclusivamente para os Estados Unidos. Por isso, as Farc são tanto criticadas pelo governo norte-americano já que conseguem enviar drogas de forma ilegal.
“Não há consenso sobre o número de mortes causadas pela violência nos protestos. A procuradoria do país disse que investiga 14 mortes violentas. Um grupo local de direitos humanos afirmou que são mais de 20 mortes”, disse o Comitê.