A morte de um jovem brasileiro gay, espancado até a morte por cerca de dez pessoas no fim de semana, na Espanha, tem causado uma grande comoção no país europeu. Por conta do assassinato de Samuel Luiz Muñiz, um auxiliar de enfermagem, de 24 anos, houve registros de grandes manifestações na segunda-feira (05) para denunciar o crime de homofobia.
De acordo com as informações, Samuel Muñiz foi encontrado inconsciente perto de uma boate em La Coruña, no noroeste do país, após ser espancado. O brasileiro até foi resgatado, mas não conseguiu resistir aos ferimentos e morreu.
Apesar de brasileiro, o jovem chegou à Espanha com um ano de idade e, desde então, morava no país europeu. Até o momento, os autores do crime não foram identificados e, sendo assim, ninguém foi preso.
A morte do brasileiro
Em entrevista ao jornal “El Mundo”, uma amiga que acompanhava Samuel no dia do crime contou que o jovem foi atacado inicialmente por um rapaz que estava com uma mulher.
Segundo ela, o homem deu um soco no brasileiro por pensar que estava sendo filmado. Todavia, ela afirma que Samuel tinha apenas saído da boate para fumar e fazer um telefonema.
Alguns minutos depois, este homem, conforme a testemunha, voltou com um grupo de mais de dez pessoas. Foi nesta hora que Samuel foi espancado até a morte. Após o crime, os suspeitos fugiram.
Manifestações pelo país
Depois da morte do brasileiro, uma marcha foi feita na famosa Puerta del Sol, em Madrid, capital da Espanha. Por lá, os protestantes diziam: “justiça para Samuel. Homofobia e fascismo são o mesmo”.
Na reunião, milhares de pessoas estiveram no local para protestar, algumas estavam com bandeiras do Orgulho gay, convocadas por grupos LGTBQIA +. Os participantes gritavam “Justiça para Samuel”.
Desde a morte violenta de Samuel, parentes e amigos da vítima afirmam que o crime aconteceu por conta da homofobia, logo após a Semana do Orgulho na Espanha.
Por conta disso, durante o protesto, os manifestantes gritavam frases como: “não são espancamentos, são assassinatos”. “Acabem com a homofobia”, “tudo o que me importa é viver” ou “eles estão nos matando”.
Além de Madrid, outras cidades do país, como La Coruña, também registraram protestos por conta da triste e violenta morte do brasileiro.
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