O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) declarou nunca ter tido nenhum tipo do que ele chamou de “animosidade” com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), político este que ele afirma ter poupado, ao prendê-lo, de uma derrota nas eleições de 2018 contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
As declarações de Sergio Moro, pré-candidato presidencial, foram feitas durante uma entrevista ao canal de televisão “CNN Brasil” Segundo o ex-ministro, à época das eleições, ainda havia uma memória muito viva sobre os escândalos de corrupção como o do mensalão, que teve Lula como o principal político preso.
“O ex-presidente insistiu na sua candidatura em 2018 quando estava inelegível. E, no fundo, ele foi poupado de uma derrota, porque havia na memória das pessoas muito claro não só esses modelos de corrupção do Partido dos Trabalhadores, mas a grande recessão de 2014 a 2016, as pessoas se esquecem. E as sementes dessa recessão foram plantadas durante o governo Lula”, afirmou o ex-juiz.
Ainda na entrevista, Sergio Moro, que hoje aparece em terceiro nas pesquisas eleitorais, somente atrás de Lula e de Jair Bolsonaro (sem partido), voltou a defender que as suas sentenças contra Lula não foram perseguição política.
Essa declaração acontece porque os processos comandados por Sergio Moro foram anulados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pois a Corte julgou que o ex-juiz era “suspeito” para julgar o caso do ex-chefe do Executivo. Para o agora pré-candidato, a decisão do STF foi “erro judiciário e o tempo vai dizer quem estava correto”.
Sergio Moro na corrida eleitoral
Assim como divulgou o Brasil123, Sergio Moro agora é um integrante do partido Podemos e tem afirmado que está preparado para ser candidato à presidência da República em 2022.
Conforme apontou a última pesquisa eleitoral, feita pelo instituto Paraná, Sergio Moro ocupa a terceira posição nas intenções de voto, à frente de nomes importantes da política como Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM).
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