A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta terça-feira (17) os dados mais recentes de seu Monitor do PIB-FGV. De acordo com a entidade, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,2% em junho deste ano, na comparação com o mês anterior.
Apesar do avanço mensal, a economia brasileira encerrou o segundo trimestre com uma retração de 0,3%. Já na comparação anual, o Monitor do PIB disparou 12,1% em relação a junho de 2020 e saltou 10,1% na comparação com o segundo trimestre do ano passado.
Por falar em 2020, a economia brasileira saltou 13,4% na comparação com maio de 2020. Aliás, houve alta em todos os meses de 2021, quando comparados ao seu correspondente em 2020: janeiro (+0,5%), fevereiro (+1,4%), março (+5,2%) e abril (+12,3%). E tudo isso aconteceu devido à pandemia da Covid-19.
Em resumo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a crise sanitária em março do ano passado. Com isso, houve um baque inicial muito forte, visto que o mercado ainda não sabia como reagir à pandemia. E os primeiros meses da crise sanitária foram os mais difíceis em 2020, por isso o resultado comparativo anual ficou mais expressivo a partir de março.
“No segundo trimestre, com relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a economia seguiu no ritmo de intenso crescimento, observado no primeiro trimestre, devido à baixa base de comparação em 2020”, explicou o coordenador do Monitor PIB-FGV, Claudio Considera.
“Com exceção da agropecuária, todas as atividades econômicas e componentes da demanda tiveram resultados positivos. Entretanto, a economia apresentou retração de 0,3% no segundo trimestre comparado ao primeiro, evidenciando que houve certo otimismo com o resultado do primeiro trimestre, mostrando que ainda há um longo caminho para a retomada mais robusta da economia”, ponderou Considera.
Consumo das famílias dispara no trimestre móvel
Segundo os dados do levantamento, o consumo das famílias saltou 12,5% no segundo trimestre, quando comparado ao mesmo período de 2020. A propósito, este componente assumiu papel fundamental na recuperação da economia brasileira após a recessão de 2014-2016, e o tem feito igualmente em 2021.
O resultado mostra que, apesar da disseminação da pandemia da Covid-19 no país, o consumo das famílias avançou no período, puxado pela alta de todos os componentes do consumo pelo terceiro mês seguido. Aliás, os maiores destaques anuais ficaram com: serviços (9,4%), produtos duráveis (48,4%) e semiduráveis (90,2%).
Por fim, vale ressaltar que a exportação disparou 12,9% no trimestre graças ao crescimento de todos os segmentos exportados, exceto a agropecuária (-0,2%). Já a importação saltou ainda mais no período (37,6%), puxada, principalmente, pelos serviços (23,4%). A saber, esse é o segundo mês consecutivo de alta do segmento, após 22 meses de resultados negativos.
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