A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta sexta-feira (16) os dados mais recentes de seu Monitor do PIB-FGV. De acordo com a entidade, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,8% em maio deste ano, na comparação com o mesmo anterior. Já na média móvel trimestral, o indicador saltou 9,7% em relação ao mesmo período de 2020.
Por falar no ano passado, o Monitor saltou 13,4% na comparação com maio de 2020. Aliás, houve alta em todos os meses de 2021, quando comparados ao seu correspondente em 2020: janeiro (0,5%), fevereiro (1,4%), março (5,2%) e abril (12,3%). E tudo isso aconteceu devido à pandemia da Covid-19.
Em resumo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a crise sanitária em março do ano passado. Com isso, houve um baque inicial muito forte, visto que o mercado ainda não sabia como reagir à pandemia. E os primeiros meses da pandemia foram os mais difíceis em 2020.
“Em maio, com relação ao mesmo mês do ano passado, a economia seguiu no ritmo de intenso crescimento observado desde abril devido à baixa base de comparação em 2020. Isso é reflexo do crescimento em todas as atividades econômicas e componentes da demanda”, explicou o coordenador do Monitor PIB-FGV, Claudio Considera.
“Apesar disso, a economia ainda se encontra 0,7% abaixo do nível que detinha em fevereiro de 2020, período anterior ao início da pandemia no país. Esses resultados mostram que ainda há um longo caminho para a retomada mais robusta da economia”, ponderou Considera.
Consumo das famílias cresce no trimestre móvel
Segundo os dados, o consumo das famílias saltou 10,1% no trimestre móvel encerrado em maio, quando comparado ao mesmo período de 2020. A propósito, este componente assumiu papel fundamental na recuperação da economia brasileira após a recessão de 2014-2016.
O resultado mostra que, apesar da disseminação da pandemia da Covid-19 no país, o consumo das famílias avançou no período, puxado pela alta de todos os componentes do consumo. Aliás, os maiores destaques ficaram com os produtos duráveis (49,8%) e semiduráveis (71,6%).
Por fim, vale ressaltar que a exportação disparou 12,3% no trimestre móvel, graças ao crescimento de todos os segmentos exportados. Já a importação saltou ainda mais no período (28,5%), puxada, principalmente, pelos bens intermediários (38%) e bens de capital (32,6%). A saber, a importação de serviços também se destacou no trimestre, apresentando o primeiro resultado positivo desde julho de 2019 ao subir 10%.
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