A farmacêutica norte-americana Moderna encerrou o segundo trimestre deste ano com um lucro líquido de US$ 2,78 bilhões. Dessa forma, a empresa conseguiu reverter com bastante folga o prejuízo registrado no mesmo período de 2020, de US$ 116,7 milhões.
Além disso, a Moderna relatou uma receita de US$ 4,35 bilhões no período, contar US$ 67 milhões um ano antes. Esse valor representa uma disparada fenomenal de quase 6.500%. E o principal motor desse expressivo resultado foi a vacina desenvolvida pela farmacêutica contra a Covid-19.
De acordo com a Moderna, 199 milhões de doses do seu imunizante foram vendidas entre abril e junho deste ano. Assim, o volume comercializado no primeiro semestre totalizou 302 milhões de doses. E esse valor deve crescer até 800 milhões, podendo chegar a 1 bilhão de doses vendidas até o final do ano, segundo a farmacêutica. A expectativa é que o montante fique entre 2 e 3 bilhões em 2022.
A empresa revelou que já tem contratos assinados no valor de US$ 20 bilhões em relação às vendas dos imunizantes em 2021. Já para 2022, há US$ 12 bilhões em contratos assinados, havendo a opção de compra de mais US$ 8 bilhões. Aliás, a Moderna também afirma que já está em negociação para contratos de doses que serão entregues em 2023.
“Estamos satisfeitos que nossa vacina contra Covid-19 está demonstrando uma eficácia de 93% após seis meses, mas reconhecemos que a variante Delta é uma ameaça que precisamos ficar atentos”, afirmou Stéphane Bancel, diretor-presidente da Moderna.
Veja mais detalhes do desempenho da Moderna no trimestre
Em suma, a Moderna iniciou os trabalhos para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus em janeiro do ano passado. À época, a OMS ainda não havia decretado a pandemia da Covid-19, visto que isso ocorreu em março. No entanto, a China já havia enfrentado surtos no final de 2019.
Por isso, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos começou a se mobilizar logo no início do ano passado. E, para isso, fez parceria com a Moderna. Após quase um ano inteiro de trabalho, a agência reguladora dos EUA (FDA), equivalente à Anvisa, aprovou o uso emergencial dos imunizantes em dezembro de 2020.
Por fim, a Moderna afirma que pretende usar a receita gerada com a venda da vacina contra a Covid-19 em novas pesquisas. A saber, a farmacêutica realiza testes clínicos nas seguintes áreas: doenças infecciosas, cardiovasculares,, raras e autoimunes e em oncologia.
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