Atualmente, há uma palavra inglesa que remete ao mito de Sísifo: ‘Sisyphean’. A palavra descreve uma tarefa que não pode ser concluída, como se estivesse tentando apagar um grande incêndio com o bico do beija-flor. A história se trata da mitologia grega e, assim como o mito da caverna de Platão, serve de forma alegórica para os atuais dias dos seres humanos.
Como consta a história, Sísifo era um rei extremamente astuto e Zeus já estava furioso porque o mesmo havia quebrado a xenia. O superior de todos os Deuses ficava enfurecido sobre a forma como tentava se mostrar implacável perante a todos. Mas tudo começou quando o rei informou quem havia raptado a filha de Asopus. Asopus, rei dos rios (que por sua vez, era filho de Poseidon), afirmou que iria construir uma fonte de água eterna para quem revelasse o paradeiro.
Sísifo, na tentativa de ser mais esperto, revelou que Zeus havia raptado a moça. Foi então que mandou que a morte (Thanatos) buscasse o rei e lhe desse uma punição por haver divulgado o paradeiro. Contudo, o mesmo aprisionou a própria morte e a enganou. E, com ela presa, mais ninguém em todo o mundo poderia morrer.
Foi então que a personificação da morte o levou para o submundo em que deveria passar o restante de toda a eternidade. Contudo, falou para Perséfone, esposa do Deus do Submundo, que sua esposa não havia lhe dado um enterro digno e queria a vingança necessária. Pediu a ela que o liberasse para que seguisse seus planos e, logo depois, voltaria para o mesmo local que convinha a ela.
Enganou a todos os deuses e viveu até sua velhice. Após isso, como punição, foi levado para o submundo onde deveria empurrar uma pedra sobre o morro até que chegasse ao topo. Contudo, ela iria cair e retornar sempre que estivesse próximo do fim.
Mito de Sísifo e os dias atuais
O ato de persistir em carregar a pedra até o topo e deixá-la cair, reflete aos dias atuais. A insistência no erro permanente e que nunca chega até o fim. Foi publicado, originalmente, em 1942 por Albert Camus. Você por lê-lo em poucas horas, acesse-o através deste link. O filósofo faz parte de correntes ligadas ao absurdismo e existencialismo, assim como Simone de Beauvoir. Também pode ser uma alegoria para o tédio e a repetição do mundo contemporâneo e que, muitas vezes, pode ter como um dos caminhos o suicídio.