Os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Flávio Dino, da Justiça, participaram de uma coletiva nesta quinta-feira (29). Na ocasião, eles afirmaram que a segurança do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltará a ser subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e terá formato híbrido.
Segundo Rui Costa, a estrutura híbrida será executada a partir do próximo mês e terá a participação de civis, policiais e militares. “Conforme tinha sido previsto, de forma consensual e harmônica, o presidente arbitrou pelo modelo híbrido”, começou.
“Nesta estrutura, vão trabalhar tanto a equipe do GSI como a da Polícia Federal para garantir a segurança do presidente, do vice-presidente e dos seus respectivos familiares”, afirmou o ministro.
Assim como publicou o Brasil123, desde janeiro, a segurança imediata de Lula era realizada por uma secretaria extraordinária, que é comandada pelo delegado da Polícia Federal (PF) Aleksander Oliveira e vinculada ao gabinete pessoal do presidente.
Essa secretaria foi criada por Lula e teve a previsão de funcionamento estipulada em seis meses, um prazo que termina nesta semana – nessa estrutura, grande parte da equipe de segurança é composta por agentes da PF, o que segue o padrão adotado na transição de governo, no final do ano passado.
Essa formação predominantemente com agentes da PF é diferente do que aconteceu em gestões passadas, onde a competência era de militares representados pelo GSI. Por conta disso, tem existindo atritos entre militares e a Polícia Federal, visto que ambos querem coordenar a segurança direta do presidente da República.
Conforme Rui Costa, nessa nova estrutura, Lula será o responsável por escolher os responsáveis por sua segurança em viagens e compromissos oficiais. Ainda segundo ele, caso Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) queiram, eles poderão convidar agentes da Polícia Civil e Militar cedidos pelos estados.
Essas mudanças foram avaliadas por Lula em um encontro realizado na quarta (28) e serão publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (30). “É duplamente híbrido o modelo aprovado”, afirmou Flávio Dino.
“É híbrido no sentido que o GSI terá caráter militar e civil ao mesmo tempo, foi uma determinação do presidente da República. E híbrido também porque além da atuação do GSI, poderá haver atuação da Polícia Federal com a estrutura já existente de segurança de autoridades, chefes de estado, ministros, que eventualmente poderá prestar essa segurança”, explicou o ministro da Justiça.
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