Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram hostilizados, nesta segunda-feira (14), enquanto se dirigiam para o evento Lide Brazil Conference, que acontece em Nova York hoje e terça-feira (15). Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram que os integrantes da corte foram xingados enquanto saiam do hotel onde estão hospedados.
Nos vídeos, é possível ver pessoas ofendendo, por exemplo, Gilmar Mendes. “O que é seu está guardado, seu bandido”, diz uma pessoa na gravação. Em outro momento, é possível ver ofensas contra Ricardo Lewandowski. Na ocasião, pessoas chamaram ele de “velho” e “ladrão”.
Antes das hostilidades na frente do hotel, pessoas vestidas com a camisa amarela do Brasil foram ao local e estenderam cartazes dizendo “SOS Forças Armadas”. Além disso, esses indivíduos também entonaram cantos contra Alexandre de Moraes. “Ei, Xandão, seu lugar é na prisão”, disseram os manifestantes em referência a Moraes, que além de ministro do STF é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Também em Nova York, o ministro Luís Roberto Barroso foi abordado por uma mulher que pergunta para o magistrado como ele está. “Como está, senhor juiz?”, questiona. “Muito bem, senhora. Feliz pelo Brasil”, responde ele.
Na sequência, a mulher diz: “Ah, tá bom. Mas nós vamos ganhar essa luta. Nós vamos ganhar essa luta. O senhor está entendendo? Que a gente vai ganhar essa luta, cuidado. O povo brasileiro é maior do que a nossa Suprema Corte”, disse.
“Com a graça de Deus”, responde Barroso, que ainda ouve da mulher que ele “não vai ganhar o nosso país”. “Não seja grosseira. Tchau, minha senhora. Passar bem”, finaliza o ministro. Nos últimos meses, integrantes do STF voltaram a ser alvos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Dentre os mais visados estão Alexandre de Moraes e Barroso, atual e ex-presidente do TSE, respectivamente. Nas redes sociais, apoiadores do presidente costumeiramente pedem para que um pedido de impeachment seja aprovado contra a dupla. Isso, por conta das decisões desfavoráveis contra Bolsonaro e devido aos processos que existem contra o presidente e são relatados pelos dois ministros da Suprema corte federal.
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