A indicação da deputada Bia Kicis (PSL) para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados não pegou nada bem no mundo político. Desta vez, de acordo com o blog da jornalista Andréia Sadi, foi a vez de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) criticarem os integrantes do governo Bolsonaro que indicaram a parlamentar.
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Segundo a jornalista, na avaliação de alguns ministros do STF, a indicação, se confirmada, “desmoralizaria” os trabalhos da comissão que cuida exatamente da legalidade de propostas, como emendas constitucionais.
Além disso, esses ministros afirmam que a interlocução da CCJ com o Judiciário ficaria inviabilizada caso Bia Kicis venha a comandar a comissão. A comissão é considerada a mais importante da Câmara e a indicação veio após Arthur Lira (Progressistas-AL) vencer a eleição da casa.
Ministros do STF recebem sinalização
De acordo com Andreia Sadi, os ministros do STF receberam sinais de que líderes buscam uma solução para evitar Bia no comando da CCJ. Nesse sentido, os integrantes do STF têm ouvido que a indicação só ocorrerá após o carnaval, o que daria tempo de buscar uma alternativa.
Vale a pena lembrar que a deputada já defendeu o impeachment de ministros como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Além disso, a deputada tem adotado uma postura negacionista sobre a pandemia da Covid-19.
Para os ministros do STF, a indicação vem justamente porque os pensamentos da deputada vão ao encontro do que pensa Jair Bolsonaro (Sem Partido), que foi muito beneficiado pela eleição de Arthur Lira na Câmara.
Nome alternativo
De todo modo, líderes do governo perceberam que a decisão de indicar Bia foi considerada desastrosa e, nesse sentido, já trabalham com um nome alternativo. Caso a deputada não assuma o cargo, o mais cotado para a vaga é o deputado Marcelo Freitas, também do PSL.