O Brasil terá seu segundo ano sem horário de verão. Isso porque, de acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, está descartada a possibilidade de os brasileiros terem que adiantar seus relógios em uma hora neste ano.
“O horário de verão não foi renovado em 2019 e permanece da forma como está”, disse o ministro nesta quinta-feira (30) durante a inauguração da termelétrica GNA I, no Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro.
Durante todo o mês de setembro, o assunto horário de verão esteve em pauta porque a própria pasta chefiada por Bento Albuquerque pediu ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que é o órgão responsável pela coordenação e operação do sistema elétrico brasileiro, realizasse um novo estudo sobre o tema, levando em consideração a “atual conjuntura de escassez hídrica”.
Pedido para a volta do horário de verão
Recentemente, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, defendeu a volta do horário de verão entre outubro e março. Segundo ele, a resistência do governo federal contra a proposta caiu quando o Datafolha divulgou uma pesquisa mostrando que a medida tem o apoio de 55% dos brasileiros.
Hoje, a volta é defendida pelos empresários, pois eles acreditam que o horário de verão poderia provocar uma alta no faturamento de setores, que foram bastante prejudicados pela crise sanitária da Covid-19. Todavia, sem falar sobre o resultado do estudo pedido ao ONS, o chefe do Ministério de Minas e Energia descartou a volta, dizendo que, agora, o foco é investir na produção de energia como a feita na térmica do Porto do Açu.
“A geração aqui, do Porto do Açu, é bem mais barata que as termelétricas estão utilizando. Então esse é o tipo de empreendimento que nós queremos. Esse tipo de empreendimento que nós vamos ter no leilão de reserva de capacidade que vamos realizar. É isso que estamos buscando para que o consumidor brasileiro não tenha só segurança energética, como tarifas mais baratas”, afirmou o ministro.
Nova usina
Para construir a termelétrica GNA I, que agora é a segunda maior do Brasil, com capacidade de atender seis milhões de casas, foram desembolsados cerca de U$ 1 bilhão. “30% da nossa energia é gerada através da recuperação do vapor, gerado a combustão a gás. É uma das térmicas mais eficientes do mundo. Então o nosso custo de energia é muito mais barato que as outras térmicas”, avaliou Bento Albuquerque.
Além da inauguração do complexo I, o ministério revelou também que será construída a GNA II, que deve ser maior do que a que já está em funcionamento e vai fornecer energia para 14 milhões de casas. A previsão é que seja entregue em 2024.
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