Anderson Torres, ministro da Justiça, solicitou, na noite de quarta-feira (20), que a Polícia Federal (PF) abra um inquérito com o intuito de investigar a revista “Istoé”, que teria comparado a figura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com a do ditador nazista Adolf Hitler.
Em sua conta no Twitter, Anderson Torres disse que, com a publicação, a revista teria cometido um crime contra a honra do chefe do Executivo. “Ainda ontem (20), à noite, encaminhei documento à Polícia Federal, solicitando abertura de inquérito policial para apuração imediata de possível crime contra a honra do presidente Jair Bolsonaro, cometido pela revista ‘Istoé’, em sua última edição”, escreveu o ministro da Justiça.
A capa da “Istoé”
Em sua capa da edição desta semana, a “Istoé” retratou Bolsonaro com a palavra “genocida” escrita sobre o lábio superior do chefe do Excecutivo, fazendo alusão ao característico bigode usado por Hitler. No título, a revista diz: “As práticas abomináveis do mercador da morte”.
Durante a matéria de capa, a publicação destacou a CPI da Covid-19 que, no final das contas, indiciou o presidente por nove crimes que ele teria supostamente cometido durante a pandemia. Ainda na edição, a “Istoé” destacou a omissão do chefe do Executivo na compra das vacinas, a defesa de medicamentos ineficazes, o estímulo à aglomeração, o ataque ao uso de máscaras e a decisão de não se vacinar.
Por fim, a publicação ainda citou as investigações sobre a Prevent Senior, o plano de saúde acusado de ter omitido mortes ocorridas durante um estudo da empresa, que visava atestar a eficiência dos “Kit Covid-19”, medicamentos ineficazes defendidos por Bolsonaro.
Até o momento, a revista “Istoé” não comentou sobre o pedido do ministro da Justiça à PF para que a publicação seja investigava por ferir a honra de Bolsonaro.
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