Nesta sexta-feira (4), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, garantiu que a conta de luz ficará mais baixa. A expectativa dele é que haja uma redução gradual da participação de usinas termelétricas a óleo como matriz energética do país. As usinas termelétricas são mais caras, além de serem mais poluentes que as usinas hidrelétricas.
As declarações de Alexandre foram dadas em Parintins (AM), onde esteve também com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, outro ponto citado por Silveira é que o Brasil pretende deixar de emitir 1,5 milhão de toneladas de CO₂ até 2023. Para isso, foram divulgadas uma série ações de descarbonização para levar energia limpa e renovável na Amazônia.
Evento marcou o relançamento do programa “Luz para Todos”
A ida de Lula e Silveira para Manaus teve como objetivo principal o relançamento do programa “Luz para Todos”. O programa prevê conectar as cidades de Itacoatiara (AM), Parintins (AM) e Juruti (PA) ao Sistema Interligado Nacional. Com isso, a carga da antiga usina em termelétrica em funcionamento há 57 anos será transferida para a nova subestação, interligada à subestação Parintins.
Dessa forma, a conexão ao SIN permitirá duplicar a capacidade de fornecimento elétrica na Ilha Tupinambarana, saltando de 40 para 80 megawatts. Segundo Silveira, mais de 300 mil pessoas e foram gerados 2.250 empregos no programa, com economia de R$500 milhões em diesel por ano. O ministro também mencionou investimento de R$2,6 bilhões na linha de transmissão Manaus-Boa Vista.
Lula assinou decreto para comprar energia da Venezuela
Durante o evento, Lula também assinou um decreto para que o Brasil volte a comprar energia elétrica da Venezuela. Com isso, o país pode voltar a adquirir energia da hidrelétrica de Guri. Nesse sentido, é importante lembrar que o fornecimento de energia por parte da Venezuela havia sido interrompido ainda no início da gestão do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a medida terá um “papel importante” para levar “energia barata e sustentável” para todo o país. Dessa forma, o estado que deve ser mais beneficiado pela medida é Roraima, dado que ele segue desconectado do Sistema Interligado Nacional (SIN). Atualmente, o país possui intercâmbio internacional de energia elétrica com a Argentina, Uruguai e Paraguai.
Com isso, o país poderá ampliar suas relações energéticas com outros países que façam fronteira. Além disso, o texto prevê a possibilidade de importar energia para atender sistemas isolados, tendo como objetivo reduzir os gastos da Conta de Consumo de Combustível (CCC), que atingiram o patamar de R$12 bilhões em 2023.