O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que deve anunciar sua aposentadoria nesta sexta-feira (31), se encontrou com a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada Gleisi Hoffmann, em um restaurante de Brasília, no Distrito Federal, na noite desta quinta (30).
De acordo com o jornalista Gerson Camarotti, da “TV Globo”, antes de conversar com a líder do PT, o ministro estava reunido com o jurista e professor Manoel Carlos de Almeida Neto e com o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas – Manoel Carlos de Almeida é o favorito de Ricardo Lewandowski para assumir sua vaga no STF.
Conforme o jornalista da “TV Globo”, a conversa com Gleisi Hoffmann foi feita reservadamente no restaurante. Além de ter conversado com o ministro, a presidente do PT também conversou de forma individual com Manoel Carlos, que, para Ricardo Lewandowski, tem o perfil adequado e a “coragem” para exercer o cargo.
Baiano, Manoel Carlos é professor da Universidade de São Paulo (USP), especialista em direito eleitoral e considerado uma “espécie de filho” para Ricardo Lewandowski, que conta com o apoio de outros ministros para a indicação do jurista.
Esses integrantes da corte apontam sua idade como um ponto forte, visto que ele tem menos de 50 anos. Conforme as informações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), responsável pela indicação, tende a comprar a ideia, pois tem a intenção é indicar um nome que tenha uma trajetória longa no STF – a aposentadoria compulsória ocorre aos 75 anos – essa aposentadoria compulsória é, inclusive, o motivo para que Ricardo Lewandowski sair da Corte.
Além do jurista baiano, também existe a possibilidade de que Cristiano Zanin, advogado de Lula e o responsável por defender o presidente em vários processos recentes, como o da Lava Jato, seja indicado. Todavia, mesmo com esse desejo, existe a possibilidade de que o nome do defensor seja deixado de lado, pelo menos por agora, pois, no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, interlocutores do presidente alertam sobre o “custo político” de uma indicação de Zanin para a primeira vaga.
No entanto, recentemente, uma pessoa ligada a Lula deixou claro que “uma coisa é certa”: como o petista terá a opção de indicar dois ministros neste ano, visto que em outubro será a vez da presidente da Corte, Rosa Weber, deixar o STF por completar 75 anos, uma escolha será “pessoal baseada na sua experiência com o próprio Supremo”.
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