Ricardo Lewandowski, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta quarta-feira (18) um habeas corpus preventivo que tinha como intuito conseguir um salvo-conduto tanto para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto para o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres – ambos são investigados pelos atos terroristas do último 08 de janeiro.
A ação em questão foi apresentada por um advogado que não faz parte da defesa dos dois e ainda pediu o trancamento da investigação que recai sobre Bolsonaro e Anderson Torres porque, segundo ele, existe “ausência absoluta de indícios mínimos de autoria e materialidade”.
Em sua decisão, Ricardo Lewandowski negou a ação dizendo que “a impetração de habeas corpus em nome de terceiros, que já possuem advogados constituídos em distintos inquéritos que tramitam no Supremo, exige autorização expressa dos pacientes, a qual não foi juntada aos autos”.
Hoje, Bolsonaro e Anderson Torres são investigados por conta dos atos. O ex-ministro, assim como publicou o Brasil123, foi preso na manhã do último sábado (14) ao chegar dos Estados Unidos, onde passava férias. A prisão, ordenada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, foi cumprida por agentes da Polícia Federal que esperavam o ex-ministro no Aeroporto de Brasília.
O ex-ministro, após ter sido detido, foi encaminhado para o 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, no Guará, em Brasília. Essa prisão aconteceu porque, na visão de Alexandre de Moraes, Anderson Torres foi conivente com apoiadores do ex-presidente Bolsonaro que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes (STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto) – Anderson Torres, no dia dos acontecimentos, era o secretário de Segurança do Distrito Federal.
O ex-ministro de Bolsonaro também está envolvido em outra polêmica, a da minuta, um documento que foi encontrado em sua casa e previa a decretação de um estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o objetivo reverter o resultado da eleição, em que Bolsonaro foi derrotado pelo atual chefe do Executivo, Lula.
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