O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) continuará preso. A manutenção foi decidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nesta terça-feira (31). Segundo o membro do Supremo, a determinação para que o parlamentar continue preso acontece porque existe o risco de ele fugir. Isso porque, de acordo com Alexandre de Moraes, as investigações descobriram que o suspeito fez consulta a quatro embaixadas solicitando asilo.
Conforme afirma Alexandre Moraes, o deputado tem consultado essas embaixadas se apresentando como preso político e buscando informações sobre asilo. Para o ministro, tal fato demonstra que o parlamentar está tentando evitar a aplicação da lei.
“Há prova da tentativa de obtenção de asilo para eventual tentativa de se furtar à aplicação da lei penal, com a fuga do território nacional, o que impõe a necessidade de manutenção de custódia cautelar”, escreveu o ministro.
Prisão de Daniel Silveira
Assim como publicou o Brasil123, Daniel Silveira foi preso neste ano depois de ter publicado um vídeo em seu canal do YouTube defendendo o AI-5, instrumento de repressão mais duro utilizado na ditadura militar.
Não suficiente, ele também pediu a destituição dos ministros do Supremo, o que, assim como defender o AI-5, é considerado uma solicitação inconstitucional.
Um mês após ser preso, Daniel Silveira conseguiu o benefício da prisão domiciliar. No entanto, após mais de 30 violações no monitoramento, Alexandre de Moraes ordenou que ele voltasse para a cadeia.
Na oportunidade em que determinou pela volta do deputado para a cadeia, o ministro disse que as reiteradas desobediências do deputado demonstraram um total desprezo pela Justiça. Nesta terça (31), ele voltou a citar essa atitude.
Desprezo continua
Para Alexandre de Moraes, passado os meses, “não há indicação de que o reiterado desprezo do réu pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Poder Judiciário, de modo geral, tenha se modificado”.
“Pelo contrário, as ações do parlamentar indicam quadro fático absolutamente semelhante àquele que levou ao restabelecimento de sua prisão”, afirmou o ministro do STF, que ainda completou dizendo que os crimes cometidos pelo deputado são gravíssimos.
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