O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes autorizou e a Polícia Federal (PF) cumpriu nesta terça-feira (03) dois mandados de busca e apreensão que tiveram como objetivo apreender armas em endereços ligados à deputada federal Carla Zambelli (PL), apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Assim como publicou o Brasil123 em outubro do ano passado, às vésperas das eleições presidenciais, Carla Zambelli discutiu com um apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma rua de um bairro nobre de São Paulo e perseguiu o homem com arma em punho, o que acabou rendendo contra a deputada uma investigação.
Gilmar Mendes, antes da autorização desta terça, já havia determinado a suspensão do porte de armas de Carla Zambelli. Além disso, o ministro também determinou que ela entregasse a arma usada na perseguição – o objetivo foi entregue por uma pessoa da família da deputada em uma unidade da Polícia Federal.
De acordo com a “TV Globo”, todavia, a Polícia Federal, ao cumprir o cancelamento do porte de armas da deputada, notou que a arma entregue não era a registrada no nome da parlamentar, o que fez com que os investigadores passassem a crer que Carla Zambelli possuía mais itens do tipo, o que foi confirmado nesta terça.
Segundo as informações, ao todo, foram três armas apreendidas pelos agentes da Polícia Federal. Dessas, duas estavam em São Paulo e uma em Brasília – todas estavam registradas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) chegou a pedir busca no gabinete da deputada, mas Gilmar Mendes não autorizou a ação.
No Twitter, Carla Zambelli comentou a busca e apreensão contra ela. “Hoje eu sofri busca e apreensão a mandado do STF para entrega de outras três armas que eu tenho”, começou a parlamentar. “Apesar de ter entregue espontaneamente minha G3C 9mm, eles levaram também agora minha 380 Taurus, uma Ruger 9mm e uma arma de coleção 38 que eu tinha”, lamentou a deputada.
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